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Tavares foi até Faro combater "populismo" do Chega e lançar farpas à IL

O porta-voz do Livre fez hoje campanha por Faro, onde o partido quer combater o "rancor populista", que atribuiu ao Chega, com "otimismo progressista", e aproveitou para deixar algumas críticas à Iniciativa Liberal (IL).

Tavares foi até Faro combater "populismo" do Chega e lançar farpas à IL

© Rita Franca/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
04/10/2025 21:06 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Livre

Depois de uma manhã no distrito de Lisboa, Rui Tavares rumou até à Doca de Faro - onde o partido concorre sozinho, com Adriana Marques Silva a encabeçar a lista à Câmara Municipal -, para um pequeno comício improvisado que juntou pouco mais de uma dezena de militantes e alguns curiosos que passavam.

 

Numa intervenção à chapa do sol e com os termómetros a marcar 30 graus, Tavares escolheu o primeiro alvo: Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega e candidato à câmara desta capital de distrito do sul do país.

"Aqui temos um candidato da extrema-direita que diz que quer tornar Faro grande outra vez, mas não põe cá os pés porque não anda a fazer campanha aqui e não tem programa, pelo menos que a gente o veja. Andámos à procura, o programa do Chega não se vê, deve ser como o candidato do Chega a Faro, que pouco aparece", criticou.

O Livre quer ser "a alternativa do otimismo progressista" perante "o rancor populista" e almeja eleger para a vereação da autarquia, mesmo em território fértil para o Chega, que venceu o distrito nas legislativas deste ano.

Tavares alertou que "perante a falência de uma política tradicional muitas vezes representada pelas vistas curtas - não de todos, mas de muitos dos políticos do PS e do PSD" - acaba por se criar um espaço no qual "a frustração das pessoas com a política tradicional" procura "a resposta do ódio e da divisão".

De seguida, o líder do Livre apontou baterias à coligação encabeçada pelo social-democrata Cristóvão Norte e que junta PSD, IL, CDS-PP, PAN e MPT, mais concretamente aos liberais, que acusou de quererem "despedir funcionários públicos" por todo o país.

"É preciso perguntar a Cristóvão Norte com quantos despedimentos é que ele se comprometeu com a IL na Câmara Municipal: foi de cantoneiros? Foi de auxiliares nas escolas? Foi de funcionários administrativos?", questionou.

De novo com a mira apontada à IL, Tavares lamentou que não exista "um partido liberal em Portugal" e acusou força política liderada por Mariana Leitão de não querer fazer oposição ao Governo de Montenegro ao dizer que está esclarecida sobre a polémica da escala de caças F-35 na base das Lajes, nos Açores, com destino a Israel.

O líder do Livre voltou a antecipar um cenário de política nacional feita "a quatro", colocando de um lado PSD e PS como partidos tradicionais, e Chega e Livre como alternativas opostas, à semelhança do que tinha feito na noite anterior, no Porto.

Questionado sobre se esta é uma análise correta, uma vez que a IL é a quarta força política nacional a nível de eleições legislativas e está coligado à direita, ora com PSD ou CDS, em câmaras como Lisboa e Porto, com candidatos que têm possibilidade de as vencer, Tavares respondeu que se trata da sua perspetiva sobre "o que pode vir a ser a política em Portugal".

Uma viagem de cerca de 20 minutos levou de seguida a comitiva até Loulé, concelho gerido pelo PS e no qual o Livre concorre à câmara coligado com o BE, que já tem histórico local, ao contrário do partido de Tavares, que se estreia no território.

No concelho mais extenso e populoso do Algarve, o antigo eurodeputado bloquista José Gusmão juntou-se à comitiva da coligação, que conta com a independente Ana Poeta para a câmara e o atual deputado municipal bloquista Carlos Martins para a assembleia.

Os candidatos percorreram algumas ruas do centro de Loulé, com vários edifícios vazios, alguns ao abandono, e que a coligação considera que podiam ajudar a responder à crise da habitação no concelho.

Gusmão disse que a lista da coligação é "a mais forte que a esquerda já teve"-- uma espécie de 'dream team' (equipa de sonho, em português) - porque de PS e PSD Loulé "já teve muito".

[Notícia atualizada às 22h14]

Leia Também: Rui Tavares lamenta ver PSD, PS e PCP a "trocar farpas" sobre barracas

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