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Raimundo desconfia de palavras de Montenegro: "Custa-me a crer"

O secretário-geral do PCP disse hoje desconfiar que o compromisso assumido pelo primeiro-ministro de trabalhar com todos os municípios se traduza em atos, considerando que a sua prática tem sido "completamente contraditória" com essas afirmações.

Raimundo desconfia de palavras de Montenegro: "Custa-me a crer"

© Getty Images

Lusa
04/10/2025 12:42 ‧ há 9 horas por Lusa

Política

Autárquicas

Durante uma arruada em Sines, distrito de Setúbal, Paulo Raimundo reagiu às declarações de Luís Montenegro que, esta manhã, afirmou que o Governo vai trabalhar com todos os municípios, apesar de "nem todos os autarcas responderem com a mesma diligência às políticas do Governo central".

 

"Custa-me a crer que, das palavras, haja seguimentos nos atos, mas cá estaremos para ver", reagiu Paulo Raimundo, que considerou haver, até agora, uma "contradição entre o discurso e a prática".

"O mesmo Governo que diz que quer trabalhar junto dos autarcas, que quer responder às necessidades e por aí fora, é o mesmo Governo que está a preparar neste momento o fecho, a concentração das urgências de obstetrícia em Almada, afastando ainda mais a população. (...) Há aí uma contradição neste discurso", frisou.

Paulo Raimundo defendeu assim que "não vale a pena discursos bonitos e intenções", frisando que, apesar de se estar em campanha eleitoral, "devia haver respeito pelas pessoas", e considerou que o importante é que, "para além da conversa, haja resolução".

"E o que é que é um facto? Quer um exemplo concreto? Vou-lhe dar um exemplo concreto. Há 20 anos que se espera a construção do hospital no Seixal. Estas populações daqui esperam por serviços públicos que respondam às necessidades, porque isto está a arrebentar pelas costuras", disse.

Sobre as palavras de Montenegro de que "nem todos os autarcas respondem com a mesma diligência às políticas do Governo central", Paulo Raimundo disse não querer avaliar as políticas centrais, mas interpretar essas declarações como um elogio aos eleitos da CDU.

"Não estava à espera que o senhor primeiro-ministro fizesse um elogio tão grande à diligência dos eleitos da CDU, sempre diligentes a resolver o problema das populações, a reivindicar os direitos das populações", disse.

Paulo Raimundo fez estas afirmações durante uma arruada em Sines, uma câmara que pertenceu sempre a coligações lideradas pelo PCP entre 1976 e 2005, mas que, desde 2013, é gerida pelo PS.

Este ano, a CDU aposta no candidato Álvaro Beijinha, presidente da Câmara Municipal do Cacém entre 2013 e 2025, e que acompanhou Paulo Raimundo durante a arruada que fizeram esta manhã pelo centro de Sines.

Aos jornalistas, Paulo Raimundo considerou que a CDU está "numa dinâmica de vitória" e manifestou-se convicto de que, 20 anos depois de ter gerido a Câmara, "é possível reconquistar e recuperar" Sines para a coligação.

"Precisamos de levar os problemas concretos da vida das pessoas aqui em Sines e precisamos de ter um projeto de presente, mas com os olhos postos no futuro, porque isto é uma zona que vai crescer, aumentar -- e ainda bem, é bom sinal -- e é preciso um projeto de desenvolvimento sustentável para aqui e de exigência junto do Governo para que cumpra as suas obrigações", afirmou.

Paulo Raimundo defendeu que "tudo isso só é possível com a CDU" e frisou que, "se calhar alguns não esperariam esta possibilidade de dinâmica de vitória, mas ela está no terreno".

Leia Também: "Estamos a crescer e a construir uma grande vitória no dia 12", diz Raimundo

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