"Ficámos um bocadinho surpreendidos. Este vaivém de decisões é pouco saudável e mina a credibilidade do metrobus. Temo que esta decisão hoje anunciada, depois das tomadas na semana passada, das providências cautelares de outros candidatos, possa resultar numa descredibilização total do metrobus, deixando as pessoas fartas daquele projeto", notou.
O candidato reagia à Lusa após ser conhecida a decisão tomada pela administração daquela empresa de transportes sobre o que o Livre considera "um projeto importante para a Avenida da Boavista".
"Tem de ser posto a funcionar o mais rápido possível na primeira fase, e concordamos que devemos reavaliar a segunda fase, não em função 'sim ou não', porque para nós tem de ser feito, mas no seu traçado, para preservar as árvores e garantir que continua a haver uma ciclovia na Avenida da Boavista", declarou.
A suspensão, tendo surgido no início "do mandato da nova administração", encabeçada por Emídio Gomes, nomeado pelo Governo, parece ao partido "um bocadinho sem sentido, e um bocadinho uma encomenda política".
"Acima de tudo, é uma irresponsabilidade porque mina a credibilidade de um projeto fundamental para a mobilidade naquela zona da cidade", afirmou.
A Metro do Porto decidiu fazer uma "paragem técnica temporária" da obra da segunda fase do metrobus, que arrancou em 22 de setembro, anunciou hoje a empresa, após a contestação dos últimos dias.
As obras da segunda fase do metrobus arrancaram em 22 de setembro, no corredor Bus dedicado da Avenida da Boavista, no troço compreendido entre a Rua Jorge Reinel (junto ao Colégio do Rosário) e a Avenida do Dr. Antunes Guimarães.
Está previsto que o metrobus ligue a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17), e os veículos do serviço serão autocarros a hidrogénio visualmente semelhantes aos do metro convencional, construídos por 29,5 milhões de euros, incluindo a infraestrutura de alimentação.
Os veículos já chegaram e a obra da primeira fase está concluída, mas o serviço ainda não está em funcionamento, sendo o canal da Avenida da Boavista atualmente utilizado por utilizadores de modos suaves de mobilidade, como bicicletas e trotinetes.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.
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