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Escala de aeronaves para Israel nas Lajes agita o quarto dia de campanha

A confirmação de que três aeronaves F-35 vendidas pelos Estados Unidos da América a Israel fizeram escala na Base das Lajes, nos Açores, sem conhecimento prévio do ministro Paulo Rangel, agitou o quarto dia de campanha oficial para as eleições autárquicas.

Escala de aeronaves para Israel nas Lajes agita o quarto dia de campanha

© Flickr PSD

Lusa
03/10/2025 19:17 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Autárquicas

De volta à campanha, na Nazaré, no distrito de Leiria, o presidente do PSD e primeiro-ministro afastou qualquer demissão no Governo por causa deste caso e negou falta de transmissão de informação entre ministérios da Defesa Nacional e dos Negócios Estrangeiros.

 

De acordo com Luís Montenegro, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, não teve conhecimento prévio dessa escala nas Lajes em abril devido a "um erro processual" que respeita ao seu próprio ministério, mas "tudo o resto foi uma tramitação perfeitamente normal".

"Era o que faltava que o Governo encarasse decisões que são normais com esse tipo de espírito, mas, enfim, estamos em campanha eleitoral e se calhar também tem a ver com isso", comentou o chefe do executivo PSD/CDS-PP, que disse não entender as "reações tão radicalizadas da oposição" ao caso.

Este tema motivou a intervenção do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, que, a partir da Madeira, anunciou pedidos de audição dos ministros ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa Nacional, Nuno Melo, para explicarem o caso no parlamento, qualificando como graves as declarações de Paulo Rangel a assumir não ter sido previamente informado da operação aérea.

Em campanha em Faro, o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, anunciou igualmente que o seu partido quer ouvir os dois ministros e defendeu que Portugal, como país soberano, não se pode "dar ao luxo" de deixar que aviões, em particular dos Estados Unidos da América, aterrem em solo nacional "sem autorização".

Ainda na quinta-feira à noite, em Lisboa, Rui Tavares, porta-voz do Livre, questionou como é que Nuno Melo, presidente do CDS-PP, "se pode manter como ministro da Defesa" e falou em "bandalheira no Governo" com dois ministros "que não se entendem".

O BE pediu mesmo a demissão do ministro da Defesa, hoje, em conferência de imprensa, em Lisboa, através da dirigente Joana Mortágua, que acusou também presidente do CDS-PP de permitir a passagem de aviões "usados no genocídio do povo palestiniano", atuando "à revelia do ministro dos Negócios Estrangeiros".

Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, após "averiguação exaustiva" apurou-se que "efetivamente houve comunicação e autorização tácita (isto é, por decurso do prazo respetivo) da escala e sobrevoo de três aeronaves americanas para entrega a Israel" e "a comunicação vinha já com parecer favorável da AAN (Autoridade Aeronáutica Nacional, dependente do Ministério da Defesa Nacional)".

Paulo Rangel esclareceu hoje que a informação não lhe chegou nem ao seu gabinete devido a "uma falha interna de comunicação" no seu ministério.

Durante uma ação de campanha em Albufeira, no distrito de Faro, o presidente do Chega, André Ventura, abordou outro tema nacional, alegando haver um "compromisso para o futuro" com o PSD, estabelecido aquando da negociação sobre a lei dos estrangeiros, para se "lutar contra os abusos de apoios sociais em relação a imigrantes", em legislação autónoma, sem calendário definido.

"O Governo não assumiu nenhum compromisso, agora ou no futuro, para proibir o acesso a apoios sociais por parte de imigrantes", reagiu o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no fim da reunião do Conselho de Ministros, acrescentando que o executivo PSD/CDS-PP quer, no entanto, "combater abusos que existam ao nível de acesso de apoios sociais".

A presidente da IL, Mariana Leitão, juntou-se a uma ação do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, que se recandidata à frente de uma coligação PSD/CDS-PP/IL, contra o que apelidou de "frente de esquerda radical", enquanto Rui Tavares esteve ao lado de Alexandra Leitão, candidata da coligação PS/Livre/BE/PAN, e apelou ao "voto realista".

A líder do PAN, Inês Sousa Real, esteve em Sintra, a apoiar a candidatura PSD/IL/PAN de Marco Almeida e defendeu que estas "pontes municipais" ajudam "a dialogar a nível nacional".

Leia Também: AO MINUTO: "Espero fiquem com grande melão"; Moedas agradece apoio da IL

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