"Além da concretização de tudo o que está em curso, é preciso tomar medidas para garantir que outras soluções de habitação possam surgir", afirmou à agência Lusa João Oliveira, à margem de uma ação de campanha no Bairro da Horta das Figueiras.
Na companhia de vários elementos das listas autárquicas da CDU, o candidato às eleições autárquicas de dia 12 distribuiu panfletos com propostas da candidatura junto à escola básica deste bairro e gravou um vídeo sobre habitação, a divulgar mais tarde nas redes sociais.
Segundo João Oliveira, a câmara já executa o Plano Local de Habitação, nomeadamente "oito milhões dos 10 milhões de euros que o Governo autorizou de candidaturas apresentadas ao PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e ao [programa] 1.º Direito".
"Foram apresentados, quer do PRR, quer do 1.º Direito, 67 milhões de euros de candidaturas e o Governo, até agora, só aprovou 10 milhões", lamentou, avisando que é preciso desbloquear a restante verba para que as empreitadas entrem em obra.
O candidato realçou que o plano prevê "500 habitações construídas ou recuperadas" para dar uma resposta "a pessoas em situação de pobreza, mas também de habitação acessível para ser arrendada por pessoas que têm dificuldade em encontrar casa".
"Aliás, aqui na Horta das Figueiras, onde estamos, há 62 habitações que estão perto de estar concluídas, num investimento de seis milhões de euros em recuperação de telhados, soalhos e canalizações", exemplificou.
João Oliveira destacou as condições criadas pela alteração recente do Plano Diretor Municipal (PDM) para a construção sete mil casas, cinco mil na zona urbana e duas mil nas freguesias rurais, das quais, pelo menos, 1.187 a custos controlados.
"Precisamos de nova habitação, mas precisamos sobretudo de habitação que as pessoas possam pagar", porque, "se forem construídas sete mil casas" e custarem "meio milhão de euros cada uma, o problema da habitação fica por resolver", sublinhou.
De acordo com o candidato, outras casas a custos controlados "podem ainda ser acrescentadas", que dependem da criação de "condições para que haja interesse dos promotores privados ou soluções para que se possa construir com alguma facilidade".
"Além dos grandes loteamentos e da promoção da construção em grandes projetos, é possível também, através do estímulo à construção individual, a criação de condições para que a capacidade de construção seja concretizada", disse.
Além de João Oliveira, concorrem à Câmara de Évora Carlos Zorrinho, pelo PS, Henrique Sim-Sim, pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, Florbela Fernandes, do Movimento Cuidar de Évora (MCE), Pedro Ferreira, do Bloco de Esquerda, Ruben Miguéis, pelo Chega, e Fábio Cabaço, pela Iniciativa Liberal (IL).
O atual executivo municipal, liderado por Carlos Pinto de Sá (CDU), a cumprir o seu terceiro e último mandato, é composto por dois eleitos da CDU, dois do PS, dois do PSD e um do MCE, mas a mesa da assembleia municipal está nas mãos dos socialistas.
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