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Funchal: Maioria de candidatos quer suspender AL em prédios de habitação

Os candidatos à presidência da Câmara do Funchal defenderam na quinta-feira as suas propostas para resolver o problema da habitação, divergindo em vários aspetos, mas a maioria concorda com a suspensão do alojamento local em prédios de habitação.

Funchal: Maioria de candidatos quer suspender AL em prédios de habitação

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Lusa
03/10/2025 06:39 ‧ há 14 horas por Lusa

Política

Autárquicas

Os 14 cabeças de lista ao concelho mais populoso da Madeira (108.129 habitantes) nas autárquicas de 12 de outubro participaram num debate transmitido esta noite pela RTP/Madeira, no qual foram abordados os temas da habitação, da segurança e da mobilidade.

 

Todos os cabeças de lista concordaram que a habitação constitui um problema e apresentaram as suas propostas, tendo sido igualmente questionados sobre se concordam com a recente suspensão provisória de emissão de licenças para alojamento local (AL) em prédios de habitação.

O candidato da coligação PSD/CDS-PP à presidência do município (atualmente governado por estes partidos), Jorge Carvalho, defendeu a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) para que as famílias que tenham capacidade de construir, ou aumentar as suas casas, o possam fazer em zonas nas quais atualmente o PDM não permite.

O ex-secretário regional da Educação, que deixou o governo insular para entrar na corrida autárquica, disse ainda não ter identificado o número de habitações públicas a construir, mas assegurou que "estão identificados os locais e as zonas".

Sobre o alojamento local, concorda que exista se implicar "recuperação de imobiliário", mas defendeu que "tudo o que esteja em habitação coletiva deve ser revisto e não deve ocupar esses espaços".

Rui Caetano, do PS, concorda com a suspensão do AL, considerando, porém, que se tratou de "uma medida propagandística" da Câmara, atualmente chefiada por Cristina Pedra, e não com o objetivo de resolver o problema habitacional.

O socialista acrescentou que há "quatro projetos na Câmara há quatro anos parados" para a construção de "170 habitações", que o PS irá executar caso recupere a presidência da autarquia, que perdeu nas autárquicas de 2021.

Pelo JPP, Fátima Aveiro denunciou que a coligação PSD/CDS-PP prometeu 200 fogos e apenas construiu 33, e propôs a alteração dos índices de construção. Sobre o AL, disse que tem de ser limitado nas zonas onde há sobrecarga, mas não em todos os locais, argumentando que "o turismo interessa".

O cabeça de lista do Chega, Luís Filipe Santos, prometeu 100 habitações para os jovens até aos 35 anos e sugeriu que seja proposto aos construtores que, se aumentarem o índice de construção, possam ceder gratuitamente terrenos à Câmara.

Relativamente ao AL, o candidato do Chega apontou que a medida deve ser prolongada e que o município "tem de fazer imediatamente um regulamento".

Válter Rodrigues, do MPT, atualmente deputado na Assembleia Municipal, também defendeu a alteração do PDM e concordou com a suspensão do AL aprovada recentemente, enquanto Miguel Pita, do ADN, acrescentou que a medida devia abranger igualmente as moradias.

O candidato da CDU (coligação PCP/PEV), Ricardo Lume, classificou a política habitacional dos últimos mandatos, tanto do PS como do PSD, como "uma verdadeira fraude" e realçou que é necessário recuperar "de imediato património encerrado".

Pelo PAN, Mónica Freitas afirmou que devem ser tomadas medidas para que os fogos em alojamento local sejam colocados no mercado de arrendamento e sublinhou a necessidade de ter uma estratégia municipal de habitação "com dados e números concretos" sobre a realidade da cidade.

Dina Letra, do BE, acusou o PSD de "regresso ao passado" ao querer, com a alteração do PDM, "que se volte a construir nas zonas altas mais um anexo, pondo em causa a segurança da população".

"É preciso que novos empreendimentos tenham 25% das habitações para venda a custos controlados", salientou.

Pela Nova Direita, o cabeça de lista, Paulo Azevedo, propôs que a Câmara compre edifícios abandonados, não deixando que os privados os comprem para AL.

Liana Reis (RIR) salientou que "o Funchal não precisa de mais betão", defendendo, entre outras medidas, a reabilitação de prédios devolutos, dos bairros sociais, a revisão urgente do PDM e a limitação do AL.

A cabeça de lista do Livre, Marta Sofia, destacou, entre as suas propostas, a garantia de 25% das habitações em novos empreendimentos ou que não tenham ainda todas as frações adquiridas para rendas controladas e 15% para habitação pública.

Já Raquel Coelho, do PTP, considerou que os restantes candidatos "estão a diabolizar o alojamento local" e a demitir-se das suas "responsabilidades no parque habitacional público".

Também Sara Jardim, da IL, não concorda com a suspensão do AL, que disse ser "um bode expiatório", e também apontou a necessidade de rever o PDM.

Em relação à segurança, os candidatos dividiram-se, com alguns a considerar que a cidade é insegura e outros a alertar para a diferença entre a perceção e a realidade sustentada em números.

Quanto à mobilidade, os cabeças de lista abordaram soluções para fazer face ao aumento do trânsito automóvel, designadamente através da melhoria e da utilização dos transportes públicos.

O atual executivo da Câmara do Funchal é composto por seis eleitos do PSD/CDS-PP e cinco da coligação Confiança.

Leia Também: CDU propõe creches públicas e combate à gentrificação na Baixa de Coimbra

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