Os nove candidatos à presidência da Câmara Municipal do Porto defrontam-se, esta quinta-feira, num debate para as eleições autárquicas de 12 de outubro. Estiveram em discussão temas como a Higiene e Habitação.
O debate foi brevemente interrompido pelo moderador Carlos Daniel para mostrar um protesto levado a cabo por "dois grupos" pró-Palestina nas imediações do Museu do Design - MUDE, onde estiveram reunidos os nove candidatos.
Eis os nomes que concorrem à Câmara de Lisboa: Alexandra Leitão (PS/L/BE/PAN), Carlos Moedas (PSD/CDS/IL), Bruno Mascarenhas (Chega), João Ferreira (CDU), Osssanda Líber (Nova Direita), Adelaide Ferreira (ADN), José Almeida (Volt Portugal), Tomaz Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).
Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação 'Novos Tempos' - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação 'Mais Lisboa' - PS/Livre, dois da CDU e um do BE.
Destaques
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Fim de cobertura
Notícias ao Minuto há 1 dia
Boa noite!
Terminamos aqui o nosso acompanhamento AO MINUTO dos temas da Higiene e Habitação do debate entre os nove candidatos à Câmara Municipal de Lisboa.
PPM/PTP quer reduzir impostos na habitação e criar mercado municipal
Carolina Pereira Soares há 1 dia
Tomaz Dentinho, candidato do PPM/PTP, considera que há uma obrigação de "exigir da câmara mais efetividade".
"Não se entende que não haja mais efetividade no licenciamento e mais responsabilização no próprio licenciamento", defendeu.
O candidato referiu ainda redução de impostos "como o Governo recentemente fez", referindo-se aos benefícios a senhorios, e ainda "criar um mercado imobiliário municipal".
RIR quer construir 11 mil casas em Lisboa
Carolina Pereira Soares há 1 dia
O candidato do RIR pretende construir "mais de 11 mil casas" através de parcerias público-privadas, cooperativas e fundos PRR, acrescentando que não seria só no seu mandato e que poderia até ficar para executivos posteriores.
Defende ainda o levantamento exaustivo do património municipal e do Estado para depois "analisar e requalificar muito desse património para a habitação".
Luís Mendes sugere também criar alojamento estudantil "e também para professores deslocados" colocados exatamente "nestes imóveis municipais que não estão a ser utilizados".
ADN: "Lisboa deve ser para os lisboetas. Não para fundos imobiliários"
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
Adelaide Ferreira, candidata do ADN, propõe "recuperar os imóveis devolutos e degradados da Câmara Municipal", "criar um programa de cooperação com privados em que a Câmara reabilita em troco de contratos de arrendamento de longa duração" e "criar bairros nos terrenos do novo aeroporto e no estabelecimento prisional de Lisboa".
Com estas medidas, o ADN acredita "criar cinco mil focos" em "apenas um ano".
"Lisboa deve ser para os lisboetas. Não para fundos imobiliários nem para turistas", atirou.
Volt propõe "bolsa de habitação" em que autarquia subarrenda propriedades
Carolina Pereira Soares há 1 dia
José Almeida, do Volt, defende que a autarquia de Lisboa se devem posicionar no mercado e iniciar desde já a construção ou a aquisição de casas para habitação pública.
O candidato defendeu barrar ou até mesmo retirar licenças de Alojamento Local (AL) e ainda "fazer uma moratório para não construir mais hotéis" na cidade, ou até mesmo falar com os promotores para construírem nos arredores de Lisboa, para retirar a pressão do centro.
Por fim, sugeriu ainda que a própria câmara poderia ter "uma bolsa de habitação" de senhorios que não estão a arrendar e têm casas vazias em condições para que a "câmara possa gerir o arrendamento dessas casas a um preço articulado com o proprietário, mas sempre numa lógica de renda acessível".
Nova Direita aponta à "classe média" e quer construir 17 mil casas
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
Ossanda Líber, da Nova Direita, apontou à "classe média portuguesa que não tem rendimentos suficientemente baixos para beneficiar de habitação social, mas também não tem rendimentos altos para pagar arrendamentos".
Assim, defende a construção de "17 mil casas" e lamentou a "falta de ambição" do PS e do PSD. Outra proposta do partido é a "desburocratização" e sugeriu "um modelo de construção padronizado".
Manifestantes pró-Palestina fazem-se ouvir à porta do local do debate
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
O debate foi brevemente interrompido pelo moderador Carlos Daniel para mostrar um protesto levado a cabo por "dois grupos" pró-Palestina nas imediações do Museu do Design - MUDE, onde estão reunidos os nove candidatos à Câmara Municipal de Lisboa.
Habitação. CDU quer mobilizar devolutos e apostar no património lisboeta
Carolina Pereira Soares há 1 dia
O candidato da CDU defente que é preciso "apostar numa verdadeira via verde de produção de habitação fora de uma lógica especulativa". Desde logo a partir de uma "promoção direta da câmara municipal: construção em terrenos seus, reabilitação de património seu", defendendo que há aqui um "potencial considerável" de entre 10 a 11 mil casas numa década.
"Está longe de responder às necessidades, mas é muito mais" do que os outros partidos no poder autárquico fizeram.
João Ferreira defendeu ainda a aposta de projetos de cooperativas e de iniciativas público-público, com determinadas condições associadas a uma possível transmissão, mais tarde, das casas construídas.
O candidato falou ainda da "mobilização de devolutos", falando em 48 mil casas vazias na capital e defendendo que é preciso agravar o IMI destas casas.
Por último, disse ainda que é preciso "associar as novas operações urbanísticas privadas uma obrigação de cedência a uma parte da construção a renda acessível".
Chega quer "olhar para as famílias portuguesas" na área da habitação
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
Bruno Mascarenhas, do Chega, defendeu que o partido quer "olhar para as famílias portuguesas" na área da habitação, ao contrário de Moedas e Alexandra Leitão que, acusou, querem dar casas a "estrangeiros".
"É um sofisma misturar chaves com casas novas", acusa Leitão
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
Sobre a habitação, Alexandra Leitão afirmou que "é um sofisma misturar chaves com casas novas" na entrega de habitação acessível e pediu "rigor" ao adversário Carlos Moedas.
A candidata socialista apresentou "as quatro frentes essenciais" da sua candidatura na área da habitação: "habitação pública, promoção de parceiras com privados e cooperativas, mobilização de devolutos e controlar o alojamento turístico".
Alexandra Leitão sublinhou que, "a partir de novembro acaba a suspensão ao alojamento local porque o engenheiro Carlos Moedas não levou à Câmara o novo regulamento".
Moedas: "Investimos mais em Lisboa do que nos últimos 30 anos"
Carolina Pereira Soares há 1 dia
Carlos Moedas relembrou que durante o seu mandato conseguiu aumentar a habitação em Lisboa em 2.881 casas que "estavam vazias, nos bairros municipais vazios: pegámos, investimos e conseguimos remodelar para meter pessoas lá dentro".
"Investimos mais em Lisboa do que foi investido nos últimos 30 anos", atirou, realçando que "durante 10 anos em Lisboa os executivos do PS construíram 17 casas por ano".
Moedas considerou, por isso, que quem agora representa os socialistas em Lisboa "nem devia ter capacidade para falar" deste assunto".
"Há projetos, como o meu, que são projetos em que temos algo concreto. Nós estamos a meio de um projeto em que estamos realmente a construir", afirmou. "Aquilo que eu vejo na minha oponente é um numero vago de 4.500 casas - porque em 4 anos ninguém consegue construir 4.500 casas", garantiu.
PPM/PTP defende sistema em que "pessoas pagam o lixo que criam"
Carolina Pereira Soares há 1 dia
O candidato do PPM/PTP, Tomaz Dentinho, considera defende que deveria ser adotado um sistema como o dos Países Baixos onde, diz, que "as pessoas pagam de acordo com o lixo que criam".
"Se cada prédio, depois cada rua, pagar de acordo com o lixo que cria, naturalmente, que se vai taxar a densidade de pessoas que existem nessas ruas, e portanto é muito mais justo e mais eficiente", afirma o candidato, que diz que, em consequência, as "pessoas vão ser sensibilizadas a não causar tanto lixo" e a diferenciar o mesmo.
Volt "concorda com descentralização", mas alerta para fiscalização
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
José Almeida, candidato do Volt, afirmou que o partido "concorda com a descentralização", mas destacou que o problema está na fiscalização.
O candidato lembrou que "há outro lado da higiene urbana que é muito esquecido" e afirmou que os cidadãos "são parte do problema", alertando para a necessidade de "sensibilização".
Nova Direita quer "equipa de resposta rápida" para recolha de lixo
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
Ossanda Líber, candidata da Nova Direita, defende a necessidade de criar uma "equipa de resposta rápida", caso exista "um lixo extraordinário e imprevisível".
"Propomos modernizar os contentores com um sensor de enchimento para que as juntas ou a Câmara de Lisboa percebam rapidamente que os contentores estão cheios e que é necessário fazer a recolha. Estas equipas servem para isso", elucidou.
A candidata da Nova Direita acusou ainda Carlos Moedas e Alexandra Leitão de "não apresentarem uma única solução" para a higiene urbana de Lisboa e anunciou a "criação de um grupo de trabalho" para "comandar todas as operações de higiene" a partir da Câmara de Lisboa.
Acrescentou também que o "lixo não é o único problema de higiene urbana" em Lisboa e destacou o facto de não "existirem casas de banho públicas".
RIR diz que "10% dos trabalhadores" de higiene urbana desistem
Carolina Pereira Soares há 1 dia
Luís Mendes, candidato do RIR, criticou que nos últimos anos, durante o mandato de Carlos Moedas, houve um crescimento de "pouco mais de 200 funcionários" e que "a maior parte das contratações não tem em conta a função física necessária" para este tipo de trabalhos.
O candidato relembrou que trabalha há 30 anos na autarquia, e que já realizou este trabalho, revelando que "a maior parte das contratações mais de 10% desses trabalhadores desistem".
Luís Mendes afirmou ainda que os circuitos têm de ser revistos e que concorda com a divisão de responsabilidades, "não concordo é com o empurrar com a barriga dos problemas".
CDU quer recentralizar os serviços de higiene urbana na autarquia
Carolina Pereira Soares há 1 dia
O candidato da CDU, João Ferreira, defende que deve haver uma recentralização do serviço da higiene urbana para que a Câmara Municipal de Lisboa recupere uma "capacidade de intervenção articulada à escala de cidade".
João Ferreira afirmou que há vários serviços incluídos na higiene urbana para além da recolha de lixo, como a lavagem de ruas e a fiscalização (responsabilidade da autarquia) e que estes serviços são "melhor conseguidos se tivermos uma entidade que à escala de cidade consiga responder por isso".
O candidato fez ainda questão de salientar que "não houve nenhuma proposta relativa a recolha do lixo que tivesse sido levada por Carlos Moedas que tivesse sido chumbada" em Assembleia Municipal.
ADN culpa "acumular de pessoas" e "culturas" por sujidade em Lisboa
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
Adelaide Ferreira, candidata do ADN, começou por referir que "o acumular de pessoas" na capital "acrescentou uma diversidade de culturas que não têm os mesmos costumes" que os portugueses. "Nós temos alguns costumes de higiene", atirou.
"Não consigo aceitar que continuem a discutir coisas absolutamente fúteis quando a centralização é sempre melhor, uma vez que existem depois possibilidades de controlar melhor a postura das pessoas em relação às suas tarefas", disse também.
Chega destaca "problema de falta de gestão" na higiene urbana
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
O candidato do Chega, Bruno Mascarenhas, começou por referir que o que está em causa "é um problema de falta de gestão" e lamentou que Carlos Moedas só agora se tenha "lembrado dos trabalhadores".
"As pessoas na higiene urbana sabem - e nós também sabemos - qual é o problema. Falta de liderança e falta de gestão", afirmou.
Mascarenhas defendeu a necessidade de "fiscalizar" e justificou: "Com a transferência de milhões de euros que são feitos pela Câmara para as juntas de freguesias para reforço da higiene urbana... Também é preciso dizer 'meus amigos, vocês precisam de cumprir'".
Descentralização da higiene urbana "foi um erro", disse Moedas
Carolina Pereira Soares há 1 dia
Carlos Moedas, atual autarca de Lisboa e candidato pela coligação PSD, CDS-PP e IL, defendeu que não conseguiu resolver o problema da higiene urbana na capital por estar em "minoria" na autarquia.
Moedas reiterou que "foi um erro" o PS ter descentralizado as responsabilidades na recolha do lixo. O candidato compromete-se a "voltar a centralizar" o sistema, defendendo que não faz sentido que a autarquia e as freguesias partilhem responsabilidades numa mesma área de funcionamento.
"Há aqui um projeto que só pode criar mais lixo se nós formos para mais descentralização", defendeu.
Começa o debate. Higiene? Leitão quer "descentralização": "Solução certa"
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
Arranca o debate entre os nove candidatos à Câmara Municipal de Lisboa para as eleições autárquicas de 12 de outubro. O tema de partida é a higiene da capital portuguesa.
A candidata do PS/L/BE/PAN, Alexandra Leitão, reiterou que a "descentralização" dos serviços "é uma solução certa", uma vez que "todas as freguesias fazem um trabalho muito importante na parte que lhes compete".
"É importante que as pessoas saibam que a recolha de lixo não é partilhada. É competência da Câmara de Lisboa", afirmou, defendendo a necessidade de haver recolha de lixo diária.
Além disso, explicou, "a descentralização mete recursos materiais, humanos e financeiros nas juntas de freguesia".
Início de cobertura
Márcia Guímaro Rodrigues há 1 dia
Boa noite!
Damos início a um acompanhamento AO MINUTO do debate entre os nove candidatos à presidência da Câmara Municipal de Lisboa.