Pedro Nuno Santos agradeceu, na quarta-feira, a Mariana Mortágua, Miguel Duarte e Sofia Aparício "por representarem com tanta bravura" Portugal na flotilha humanitária que tinha como destino a Faixa de Gaza e que, entretanto, foi intercetada pelas forças isrealitas .
"Solidariedade e um profundo agradecimento à Mariana Mortágua, à Sofia Aparício e ao Miguel Duarte por nos representarem com tanta bravura", começou por escrever o socialista, numa publicação feita no Instagram, onde partilhou também uma imagem dos três portugueses que estão, neste momento, detidos em Israel.
Além de agradecer à líder do Bloco de Esquerda (BE), à ex-manequim e atriz e ao ativista, Pedro Nuno Santos condenou "sem hesitações" Israel, "que mais uma vez se comportou como um Estado que não respeita a lei e o direito internacional".
O ex-líder do PS admitiu ainda sentir "vergonha dos governos europeus que permitem tudo a Israel, inclusivamente que disponham de águas internacionais, no mar mediterrâneo, como se fossem suas".
Na mesma publicação, Pedro Nuno Santos notou ainda que os comentários feitos nas redes sociais a estes ativisitas e, em particular, a Mariana Mortágua, são um "nojo".
"Gente covarde, sem empatia, nem sentido de humanidade. Um dia os nossos netos, quando aprenderem a história deste genocídio, vão-nos perguntar o que fizemos para o travar. Infelizmente, a maioria esmagadora de nós não saberá como lhes responder. Não terá nada para lhes dizer. Estes três portugueses, sim. Eles já fizeram mais do que qualquer um de nós", atirou, notando ainda que "há um povo a ser alvo de genocídio, num território onde a ajuda humanitária não chega e onde milhares de crianças são assassinadas e morrem de fome".
"É nestas alturas que somos avaliados enquanto humanidade", concluiu.
Recorde-se que os três portugueses que participavam na flotilha humanitária foram detidos pelas autoridades de Israel quando estavam prestes a chegar a Gaza.
Para já não há muitas informações sobre Mariana Mortágua, Miguel Duarte e Sofia Aparício nem em que condições estão detidos.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro assegurou, esta manhã, que o Governo vai "prestar todo o apoio" aos membros portugueses capturados.
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