"Nós compreendemos as razões que estão por detrás daquilo que levou às pessoas a irem nesta ação", no quadro do "ativismo político", mas é "importante que haja bom senso", afirmou Mariana Leitão aos jornalistas, durante uma ação de campanha nas Caldas da Rainha, distrito de Leiria, para as eleições autárquicas de 12 de outubro.
"Eu penso que o Governo fez aquilo que lhe competia, que é alertar" e "está a vigiar a situação, alertou para que não saíssem de águas internacionais, alertou para as circunstâncias e está a fazer aquilo que pode", salientou Mariana Leitão, que disse compreender os motivos que levaram o grupo de ativistas, que inclui a líder do BE, Mariana Mortágua.
Mariana Leitão disse respeitar as opções dos ativistas mas pediu bom senso para não se criar uma situação "que possa ser bastante mais complicada do ponto de vista diplomático e até da própria segurança das pessoas".
O primeiro-ministro português disse que o Governo está em contacto com Itália e Espanha sobre o acompanhamento da flotilha humanitária que se dirige a Gaza, reconhecendo que há um "registo de perigosidade", mas que o executivo fez "aquilo que era adequado" neste contexto.
Questionado sobre o apelo de proteção por parte do Governo, feito pelos cidadãos portugueses que estão a bordo da flotilha humanitária em direção à Faixa de Gaza, o primeiro-ministro reconheceu que, "neste momento, há de facto um registo de perigosidade".
No entanto, Luís Montenegro considerou que o executivo fez "aquilo que era adequado fazer dadas as circunstâncias", nomeadamente, "fazendo um apelo para que não se corram riscos desnecessários", à medida que a flotilha de aproxima de Gaza e há possibilidade de interceção dos militares israelitas e detenção dos ativistas a bordo.
A deputada Mariana Mortágua rejeitou o apelo para abandonar a flotilha antes de ser intercetada por Israel, mas Luís Montenegro disse que respeita a decisão da líder bloquista.
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