"O Chega está muito empenhado nestas eleições autárquicas, quando o presidente do partido decidir vir para a campanha, porque vai decidir vir, os senhores jornalistas terão a oportunidade de o questionar com isso. Agora não vamos especular mais, nem é um assunto para especularmos", afirmou.
Pedro Pinto acompanhou hoje o candidato do Chega à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Bruno Mascarenhas, numa ação de campanha na freguesia da Ajuda, e foi questionado sobre a ausência do presidente do partido na terça-feira e hoje, que não foi justificada.
O dirigente referiu que o Chega está "na rua todos os dias", ao lado dos seus candidatos.
"Está aqui a Direção Nacional, está aqui o líder parlamentar, o secretário-geral, estamos aqui vários elementos de todos os órgãos do partido. Isso é o que nos interessa, interessa-nos apresentar propostas, falar com pessoas, sair à rua, que é isso que nós temos feito", sustentou.
O líder parlamentar e adjunto da Direção Nacional recusou que o Chega seja um partido "de um homem só", defendendo que "é um partido com muita gente, com gente com muita qualidade".
"O importante nestas eleições autárquicas é apresentar as propostas", sustentou, considerando que as pessoas "não estão preocupadas se o André Ventura está na campanha ou não está na campanha, estão preocupadas é porquê é que o gás natural aumentou, porquê é que os combustíveis aumentam diariamente, porquê é que o custo de vida aumenta diariamente".
Para hoje, a assessoria de imprensa do partido indicou que o líder também não marcaria presença na iniciativa desta manhã, em Lisboa. Entretanto, foi divulgada a agenda de André Ventura para os próximos dois dias, com iniciativas no Alentejo e Algarve, mas não foi indicada mais nenhuma ação para hoje.
Pedro Pinto, que é candidato à Câmara Municipal de Faro, indicou que irá rumar ao Algarve durante o dia, para a sua campanha eleitoral.
O dirigente do Chega defendeu também que "há três partidos que podem ganhar eleições de norte ao sul do país".
"Que ninguém pense, que os votos sem ser no PS, no PSD, ou no Chega poderão beneficiar alguma coisa à vida deles", afirmou.
"Os outros partidos poderão ganhar uma câmara, ou duas, ou três, mas estes três partidos são quem vai definir a política autárquica nos próximos quatro anos", acrescentou.
Pedro Pinto considerou que "os portugueses têm uma decisão a tomar, ou querem que continue tudo igual como continuou nos últimos 50 anos, ou querem realmente uma mudança e uma rutura".
"A rutura só pode ser feita com o Chega, aqui não há plano B. Ou querem continuar iguais e votam nos mesmos que votaram nos últimos 50 anos, ou querem uma mudança e uma rutura e tem de ser com o voto no Chega", apelou.
Na terça-feira, ao contrário do que estava previsto, André Ventura não participou na única iniciativa do dia que tinha sido comunicada aos jornalistas, uma arruada no concelho de Sintra. Estiveram presentes a candidata à Câmara Municipal, Rita Matias, e Pedro Pinto.
André Ventura também já tinha estado ausente da sessão plenária dessa manhã.
Questionada sobre esta ausência, Rita Matias justificou que o líder do partido estaria "a desenvolver um conjunto de ações fundamentais" e "tarefas fundamentais e indispensáveis", sem concretizar.
Nessa ocasião, Pedro Pinto referiu também que "André Ventura está a fazer o seu caminho, está onde tem que estar, está a trabalhar pelo país, e isso é o mais importante".
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