"Eu não digo que é preciso despedir pessoas, não digo que há pessoas a mais. Eu digo é que se se chegar a essa conclusão e é preciso que seja feita essa avaliação", afirmou Mariana Leitão em Castelo Branco, criticando as "afirmações categóricas de que não vão despedir ninguém" por parte do primeiro-ministro e do ministro da Reforma do Estado.
Isso "não é uma forma séria de olhar para a situação, não é uma forma séria de olhar para a administração pública", afirmou Mariana Leitão, numa ação em Castelo Branco, onde assinalou o início da campanha eleitoral para as eleições autárquicas de 12 de outubro.
"Não sabemos exatamente quantas pessoas é que há" no Estado, mas "aquilo que sabemos é que nos últimos dez anos o número de funcionários públicos aumentou mais de cem mil pessoas", incluindo durante o atual Governo, sustentou.
"Nós precisamos é de perceber qual foi a necessidade que estas pessoas vieram suprir. Porque é que estamos a contratar mais pessoas e continuamos com os mesmos problemas nos serviços públicos, quer na saúde, na educação, problemas com médicos, enfermeiros, técnicos operacionais ou professores?" -- questionou a líder liberal.
Por isso, a IL pede que "seja feita uma avaliação criteriosa, objetiva e imparcial daquilo que é a realidade, de quais são as necessidades que nós precisamos de suprir e trabalhar com base em dados concretos e objetivos".
Mariana Leitão admite que este discurso não favorece o partido em concelhos com forte dependência de emprego público, como é o caso do interior do país.
"A Iniciativa Liberal não abdica de princípios, não abdica das soluções que o país precisa por questões eleitoralistas" e "vamos sempre defender aquilo que acreditamos serem as soluções de que o país precisa, independentemente dos objetivos eleitorais que tenhamos", afirmou a líder do partido, à margem do comício em Castelo Branco.
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