"Eu não venho aqui para fazer nenhum frete a nenhum partido, eu não estou aqui por uma questão de currículo político, eu estou aqui ao serviço dos sintrenses, sempre assim foi, sempre foi aqui que quis estar e é aqui que vou continuar a estar", afirmou Marco Almeida.
O antigo vice-presidente da câmara falava numa visita de arranque da campanha eleitoral ao Centro de Dia de Algueirão-Mem Martins, acompanhado do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e do candidato à Assembleia Municipal, Fernando Seara.
Questionado sobre com quem poderá gerir a câmara do distrito de Lisboa, Marco Almeida respondeu que irá ver o "resultado que os sintrenses" lhe atribuem nas eleições de dia 12 de outubro para poder "depois proceder a uma avaliação" sobre se trabalhará sozinho ou "juntamente com outras forças políticas".
"Está tudo em aberto nesta altura", salientou, lembrando que já teve "experiência em executivos municipais com minoria", em que foi possível governar, e "em executivos municipais" com maioria, em que foi lançado "o desafio às outras forças políticas para integrarem o executivo".
Marco Almeida admitiu que há "muito trabalho pela frente", mas assegurou estar "entusiasmado pela mobilização" que encontra "na rua e dos candidatos às freguesias" para "ganhar estas eleições" pelos sintrenses.
"Quando ficou decidida a minha candidatura também com o apoio do PSD, houve várias reivindicações que fiz no sentido do apoio do Governo a cerca de 400 mil sintrenses que aqui vivem, que aqui trabalham e que precisam rapidamente do esforço também do Governo", admitiu, sobre o apoio de Luís Montenegro.
O primeiro-ministro confirmou o apoio a um executivo liderado por Marco Almeida, destacando as questões da mobilidade e da segurança, "áreas em que o Governo tem uma decisão importante e estratégica".
"E a câmara está cá para se envolver e também para financiar a construção de equipamentos e para reforçar o pessoal também destes serviços, que são a educação, a saúde e as forças de segurança", acrescentou, salientando que a família assume igualmente um papel prioritário.
"A família é para nós prioritária, nós queremos apostar muito naquilo que são as capacidades que a câmara tem para resolver problemas concretos das pessoas, ao nível da família, dos filhos, dos pais, dos netos e dos avós e, por isso, temos programas musculados do ponto de vista financeiro para que possamos ter rapidamente a construção de vários equipamentos ao nível das creches e ao nível dos lares", apontou.
Na visita ao lar, Luís Montenegro cumprimentou os funcionários e os idosos, explicando que estava ali com "o próximo presidente da câmara, o Marco Almeida", ao mesmo tempo que escutava aqui e ali as queixas dos utentes, em relação às baixas pensões, respondendo que agora "estavam mais altas" do que antes e prometendo mesmo mais subidas para breve.
Já em relação a uma idosa que também se lamentou da reduzida reforma com o marido, considerou que algo não estava bem e aconselhou a contactar a Segurança Social.
À saída, Marco Almeida lamentou que estejam "depositados 350 milhões de euros nas contas bancárias municipais, fruto dos impostos que os sintrenses pagaram ao longo de 12 anos".
"O compromisso da candidatura é devolvê-los ao nível do investimento no espaço público e, acima de tudo, na qualificação, na qualidade de vida das nossas famílias, dos nossos filhos, dos pais e dos avós e dos netos. Vamos devolver dinheiro às instituições de solidariedade para que elas possam cumprir e possam oferecer aos sintrenses vagas em creche e vagas em lar", prometeu.
Concorrem à Câmara de Sintra Ana Mendes Godinho (PS/Livre), Marco Almeida (PSD/IL/PAN), Pedro Ventura (CDU, coligação PCP/PEV), Maurício Rodrigues (CDS-PP/PPM/ADN), Rita Matias (Chega), Tânia Russo (BE) e Júlio Gourgel Ferreira (ND).
Atualmente, o executivo, presidido por Basílio Horta, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, é composto por cinco eleitos do PS, três do PSD, um do CDS-PP, um da CDU e um independente (ex-Chega).
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