Rita Matias será ouvida esta segunda-feira, 29 de setembro, pelo Ministério Público (MP), depois de ter divulgado vários nomes de crianças estrangeiras, nas redes sociais, alegando que estas tinham passado à frente de crianças portuguesas, durante as matrículas, numa escola de Lisboa. Porém, sem apresentar provas.
De acordo com a SIC Notícias, que avança com a notícia, a deputada do Chega e candidata a presidente da Câmara Municipal de Sintra arrisca-se mesmo a ter de pagar 500 euros por dia se for sancionada.
O caso remonta ao dia 4 de julho. A Assembleia da República (AR) debatia as alterações à lei da nacionalidade quando André Ventura decidiu recitar vários nomes estrangeiros, alegadamente, de crianças matriculadas numa escola de Lisboa.
Perante a leitura de nomes de menores, várias bancadas protestaram e a indignação extravasou as paredes do Parlamento. Tanto que o MP acabou por abrir um inquérito-crime ao presidente do Chega e ao seu ‘braço direito’, Rita Matias, uma vez que, antes da sessão no Parlamento, a deputada já tinha lido os nomes das crianças no TikTok.
Na altura, lembra o mesmo canal de televisão, André Ventura afirmou que a lista era "pública", mas Rita Matias acabou por admitir que não tinha confirmado a “veracidade” da mesma.
Na sequência da divulgação dos nomes das crianças, várias associações de encarregados de educação de escolas de Lisboa emitiram uma carta aberta de repúdio e a Comissão Nacional de Proteção de Dados também abriu um processo de averiguações.
Sabe-se agora que os pais de uma das crianças nomeadas exigem que a deputada apague o vídeo que publicou e que se retrate publicamente num prazo máximo de 10 dias. Se não o fizer, querem que Rita Matias pague 500 dias por dia até pedir desculpa.
Apesar de André Ventura também ser visado no inquérito-crime, apenas a parlamentar arrisca a pagar esta multa, se for sancionada.
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