O secretário-geral do PCP esteve esta manhã no concelho de Monforte, distrito de Portalegre, uma câmara presidida pela CDU desde 2013, mas onde, nas últimas legislativas, o Chega ficou em primeiro lugar em todas as freguesias, com exceção de uma, conquistada pelo PS.
Num discurso numa praça desta vila, acompanhado por algumas dezenas de pessoas, Paulo Raimundo defendeu que quem conhece o trabalho da CDU, "confia, sabe como é, vê com os seus olhos, sente a obra realizada".
"Esta é uma grande riqueza, porque isto permite não só envolver mais gente neste processo, permite que mais gente abra o caminho da esperança, mas também tem outra grande vantagem, é que, sentindo a obra que é feita, também limita a mentira, a demagogia, o ódio, a conversa de taberna", afirmou Paulo Raimundo, numa alusão ao Chega.
O secretário-geral do PCP afirmou que a obra da CDU "dirige-se a todos".
"Não diferencia nem pela cor da pele, nem pelo crédito religioso, nem pelo gosto do clube, por nada. A nossa obra é uma obra ao serviço de todos e para todos usarem", afirmou.
Pouco depois, em declarações aos jornalistas, Paulo Raimundo afirmou estar convicto de que a CDU vai conseguir manter a Câmara de Monforte, apesar do resultado do Chega nas legislativas, porque a população do concelho conhece os candidatos da coligação e o seu foco "na resolução dos problemas das pessoas".
"Isto dá-nos uma garantia que mais nenhuma outra força tem. Nós temos dezenas, centenas de votos de pessoas que, por esta ou por aquela razão, votaram noutras forças nas eleições legislativas, europeias e coisas desse tipo, mas nas autárquicas confiam na CDU porque conhecem a obra e sabem que é preciso criar condições para esta obra continuar", afirmou.
No seu discurso, Paulo Raimundo deixou ainda uma crítica ao PS, salientando que a população de Monforte "sabe bem" o que significou optar por outras "falsas saídas" para presidirem à câmara -- além da CDU, o PS foi a única outra força política que já geriu este concelho.
"Sabe bem o que é que significou experiências, outras falsas saídas daqueles que vêm com sacos cheios de promessas nestas alturas, daqueles que vão só ver os problemas todos como se não tivessem responsabilidade nenhuma naquilo", frisou.
Para Paulo Raimundo, "a população de Monforte sabe bem essa experiência e não vai permitir que o concelho e as suas vidas andem para trás".
"Monforte é para avançar, é para andar para a frente e isso só se faz com a CDU", defendeu, antes de pedir a quem o ouvia para "pegarem na obra toda" realizada pela coligação para "bater a todas as portas, falar com toda a gente" e apelar ao voto.
"A CDU vai ter uma grande vitória aqui em Monforte", previu.
O candidato da CDU à Câmara Municipal de Monforte é Fernando Saião, atual vice-presidente da autarquia presidida pela coligação desde 2013, onde o atual presidente, Gonçalo Lagem, não se pode recandidatar por ter atingido o limite de três mandatos consecutivos.
O atual executivo camarário é composto por quatro eleitos da CDU e um do PS e são conhecidas quatro candidaturas à Câmara de Monforte: CDU, PS, Chega e o movimento independente Movimento de Cidadãos do Concelho de Monforte (MCCM).
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