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PCP diz que Governo negoceia sempre com mesmos ao serviço de interesses

O secretário-geral do PCP acusou hoje o Governo de negociar "sempre com os mesmos partidos" referindo-se ao diálogo com o Chega sobre a lei dos estrangeiros e considerou as medidas para a habitação "um farol" só para alguns.

PCP diz que Governo negoceia sempre com mesmos ao serviço de interesses

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Lusa
26/09/2025 20:15 ‧ há 1 semana por Lusa

Política

PCP

"O PSD vai falar com os partidos que lhe interessa para concretizar essa lei, o Chega novamente. O PSD escolheu um caminho, um caminho ao serviço de interesses diversos e correspondendo a agendas, uma delas é essa agenda da qual o Chega é porta-voz", afirmou.

 

Em declarações aos jornalistas à margem de uma sessão pública, em Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, o líder comunista deu o exemplo do "circo" em torno da discussão do Orçamento de Estado (OE2026) para reforçar essa ideia.

"Isto é só para entreter, fala com todos, diz que vai ter em conta as opiniões de todos e depois o grosso, o bife, [são] as questões que estão em cima da mesa: o desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde, o aperto sobre os salários, o aumento dos benefícios fiscais para os grandes grupos económicos, isso não é de certeza da nossa parte estas contribuições", considerou.

Questionado sobre as medidas apresentadas, quinta-feira, pelo primeiro-ministro Luís Montenegro para a habitação, o secretário-geral do PCP disse que o país vive "realidades diferentes".

"Se tivermos em conta que o primeiro-ministro e o Governo consideram que uma renda de 2.300 euros é uma renda de preços moderados está tudo dito. Vivemos realidades diferentes, em países diferentes de certeza", sustentou.

E lembrou que o farol, ao qual Luís Montenegro fez alusão, no debate quinzenal, é só "para alguns, muito poucos".

"Temos 2.700 milhões trabalhadores que ganham até mil euros de salário bruto, temos dois milhões de pobres no nosso país, temos quase um milhão de trabalhadores que ganham o ordenado mínimo nacional, 870 euros brutos, e o primeiro-ministro acha que 2.300 euros é uma renda moderada", criticou.

O país precisa "que as rendas diminuam, que os preços das casas diminuam, mas o Governo faz tudo ao contrário, e alguém vai ganhar muito com isto", vaticinou Paulo Raimundo.

O secretário-geral do PCP considerou ainda que se deve "acabar com a nova lei laboral" para evitar "mais precariedade, contratos a prazo, mais [pessoas] a recibos verdes, mais desregulamento das horas de trabalho".

Leia Também: PCP quer repor idade da reforma dos 65 anos e eliminar penalizações

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