"Portugal está a ficar há demasiado tempo nesta situação quase sonâmbula, adormecida, em que vê locomotivas sucessivas de problemas aproximarem-se, está em cima dos carris a olhar para as locomotivas, a analisar a velocidade relativa, a ver a cor e a marca da locomotiva, se está limpa ou não, mas não sai da linha, não se decide a enfrentar os problemas e tentar resolvê-los e prepara-se para ser atropelado, mais uma vez, por esses desafios", afirmou Cotrim de Figueiredo no 3º Fórum Profissional Liberal, no Porto.
O liberal apontou ainda que Portugal especializou-se em, quando acontece uma tragédia como um incêndio ou um elevador cujos cabos se partem -- aludindo ao acidente no Elevador da Glória -- ver, a posteriori, o que correu mal.
"Vamos tentar fazer ao contrário. Vamos tentar garantir que a probabilidade de alguma coisa correr mal é bastante inferior", afirmou.
Em sua opinião, uma decisão tardia, por muito boa que seja, já é má.
Motivo pelo qual, Cotrim de Figueiredo entendeu que é preciso acordar Portugal para os desafios e perigos que o esperam, tirando-o do sonambulismo em que se encontra.
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