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"Beijos" a Isabel Moreira? Parlamento palco de 'queixas' e 'repreensões'

Parlamento foi, esta quinta-feira, palco de queixinhas e chamadas de atenção. Isabel Moreira esteve no centro das atenções (com o Chega envolvido).

"Beijos" a Isabel Moreira? Parlamento palco de 'queixas' e 'repreensões'

© Leonardo Negrão/Global Imagens

Andrea Pinto
26/09/2025 09:54 ‧ há 3 dias por Andrea Pinto

Política

PS

O debate desta quinta-feira na Assembleia da República, sobre os incêndios, ficou marcado por vários momentos invulgares, mas ambos com a mesma protagonista: Isabel Moreira.

 

Durante os trabalhos no Parlamento, a deputada do PS começou por denunciar gestos que lhe estavam ser dirigidos  pelo vice-secretário da Assembleia da República, Filipe Melo, do Chega.

Mais tarde, abandonaria o Parlamento numa altura em que André Ventura discursava e, no regresso, usava da palavra para anunciar que estava um telemóvel esquecido na casa-de-banho.

Se no primeiro momento, a queixa de Isabel Moreira foi sustentada por colegas do Livre e do PS, esta última intervenção valeu-lhe uma chamada de atenção.

Isabel Moreira queixa-se que Filipe Melo lhe "enviou beijos" 

O primeiro momento inesperado do plenário aconteceu quando a deputada do PS se queixou de que o vice-secretário da Assembleia da República, Filipe Melo, do Chega, lhe "enviou beijos".

"Senhor presidente, o vice-secretário que está à sua esquerda [Filipe Melo] está a fazer gestos com a boca enviando-me beijos e a fazer assim com o dedo no nariz, a fazer 'xiu', como quem diz, não conte, não conte", afirmou a deputada, que salientou: "Há limites, senhor presidente, há mesmo limites".

A acusação de Isabel Moreira foi confirmada por Jorge Pinto, do Livre, que afirmou que os gestos do deputado e vice-secretário da Mesa da Assembleia da República "verificaram-se hoje, verificaram-se ontem [quarta-feira], e é um desrespeito absoluto pelo funcionamento desta casa".

O deputado Pedro Delgado Alves, também do PS, referiu-se ao "comportamento inadequado, inaceitável de um dos membros [do Parlamento], que põe em causa a imparcialidade na condução dos trabalhos".

Aguiar Branco registou queixou

O presidente da Assembleia da República disse não ter visto este comportamento e que a comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados "há de ter que se pronunciar".

"Registo e farei o devido envio para a comissão", indicou, acrescentando que a análise será feita "em devido tempo e no devido local".

Isabel ausenta-se e Chega ataca

Momentos após a sua denúncia, Isabel Moreira voltaria a ser protagonista da ordem de trabalhos. 

Numa altura em que o líder do Chega, André Ventura, discursava no Parlamento, a deputada socialista decidiu levantar-se a abandonar a sala. O momento aconteceu quando Ventura afirmava que "incendiário é terrorista" e deve estar preso, "se possível para sempre". O momento não passou despercebido ao deputado do Chega, que acusou a socialista "de cobardia".

"Saírem da sala é sinal da cobardia pessoal e política que se tem quando alguém os confronta com a verdade", atirou.

Note-se que momentos antes, e enquanto discursava sobre o assunto, Isabel Moreira dirigira parte das suas palavras ao Chega a quem acusou de usar "a tragédia dos incêndios" para espalhar mentiras.

Isabel volta, com aviso que lhe vale repreensão

Já após este incidente, e de regresso ao Parlamento, no final do período de votações, a deputada socialista pediu a palavra para deixar aos deputados "uma informação que pode ser útil".

"Na minha saída rápida há pouco pude verificar que alguma senhora deputada eventualmente esqueceu-se de um telemóvel na casa de banho", afirmou Isabel Moreira.

A sua intervenção valeu-lhe uma repreenda de Marcos Perestrello, o vice-presidente e deputado do PS, que conduzia os trabalhos naquela altura.

"Penso que a sua intervenção, desculpe que lhe diga, foi muito despropositada. Considero despropositada, inútil e uma falta de respeito à câmara", disse Marcos Perestrello.

Leia Também: Marcos Perestrello repreende colega de bancada Isabel Moreira

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