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Autárquicas? Montenegro vai conciliar funções de PM e líder do PSD

Luís Montenegro vai participar na campanha para as eleições autárquicas conciliando a agenda de primeiro-ministro com a de líder do PSD, o que pode passar por várias iniciativas partidárias num só dia como por nenhuma em outros.

Autárquicas? Montenegro vai conciliar funções de PM e líder do PSD

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
25/09/2025 17:25 ‧ há 1 semana por Lusa

Política

PSD

De acordo com fonte social-democrata, não haverá um modelo típico para a participação de Montenegro nesta campanha, que arranca oficialmente na próxima terça-feira, mas com o líder do PSD já na estrada.

 

Por exemplo, nesta quarta-feira, depois do debate quinzenal no parlamento na qualidade de primeiro-ministro, Montenegro participou em iniciativas autárquicas na área Oeste do distrito de Lisboa (Torres Vedras e Lisboa).

Na sexta-feira, o líder do PSD participará em duas iniciativas, uma em Coimbra e outra em Esposende (distrito de Braga), enquanto no sábado terá quatro pontos de agenda, entre os distritos de Aveiro, Coimbra e Viseu.

Já no domingo, a volta autárquica do PSD não contará com Montenegro e será protagonizada pelo eurodeputado Sebastião Bugalho, num almoço em Águeda, e pelo secretário-geral Hugo Soares, na apresentação do candidato à Câmara Municipal de Lamego.

Tal deverá repetir-se noutros dias já no período de campanha oficial: por exemplo, nos dias 1 e 2 de outubro Luís Montenegro tem marcada uma deslocação a Copenhaga, onde participará num Conselho Europeu informal.

Nas próximas autárquicas, o PSD só não concorre a cinco dos 308 municípios do país (Aljustrel, Barrancos, Monforte, Velas e Corvo) e, em cerca de de metade, irá coligado com outros partidos, sendo a novidade os acordos com a IL, mantendo-se sem qualquer coligação pré-eleitoral com o Chega.

Segundo dados atualizados à Lusa pelo coordenador autárquico do PSD, Pedro Alves, o PSD irá sozinho a votos em 137 autarquias e estabeleceu mais de 150 coligações: destas, 113 são apenas com o CDS (os democratas-cristãos lideram em duas), seis apenas com a IL, 16 entre os três partidos e 18 que incluem outros partidos (como o MPT ou o PPM).

Os sociais-democratas apoiam ainda 11 candidatos independentes, entre os quais o antigo ministro do PSD Isaltino Morais, em Oeiras, ou a ex-autarca da CDU Maria das Dores Meira, em Setúbal (neste caso contra a vontade das estruturas locais), e outros como Marinha Grande ou Idanha-a-Nova. Na Figueira da Foz, o antigo presidente do PSD e agora independente Pedro Santana Lopes encabeçará uma lista PSD/CDS-PP.

O PSD candidata 48 mulheres a presidências de Câmara (cerca de 15% do total) e tem 19 autarcas que não se podem recandidatar devido à lei de limitação de mandatos (eram mais do dobro quando foram eleitos há quatro anos, mas muitos foram, entretanto, dando lugar aos potenciais sucessores).

Entre as saídas mais emblemáticas contam-se os autarcas de Cascais, Carlos Carreiras, Braga, Ricardo Rio, ou Aveiro, Ribau Esteves.

Sete candidatos a presidentes de Câmara são deputados do PSD, tendo de renunciar ao mandato em caso de vitória: Cristóvão Norte (Faro), Emídio Guerreiro (Gondomar), Hugo Oliveira (Caldas da Rainha), Gonçalo Valente (Ourique), Ricardo Araújo (Guimarães), Sofia Carreira (Leiria) e Sónia dos Reis (Grândola).

O objetivo para 12 de outubro está traçado na moção de estratégia de Luís Montenegro -- recuperar a liderança da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) -, o que implica alterar a relação de forças com o PS, que preside atualmente a mais 35 câmaras do que os sociais-democratas.

Depois de em 2013 e 2017, sob a liderança de Pedro Passos Coelho, o PSD ter registado os piores resultados de sempre em eleições locais -- conseguindo a presidência de 106 e 98 câmaras, sucessivamente -, em 2021, já com a direção de Rui Rio, registou-se uma inversão de tendência.

Há quatro anos, o PSD conquistou 114 autarquias (72 sozinho e 42 em coligação), recuperando Lisboa, Coimbra, Portalegre ou Funchal, e encurtando a diferença para os socialistas de 63 para 35 câmaras.

Leia Também: Montenegro promete plano de equilíbrio fiscal à margem da discussão do OE

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