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Se Cavaco queria apoiar Marques Mendes, "devia tê-lo dito de forma clara"

O ex-almirante reagiu ao artigo que Cavaco Silva publicou hoje no Expresso, em que defende que um bom Presidente da República tem de ter "uma boa dose" de experiência política.

Se Cavaco queria apoiar Marques Mendes, "devia tê-lo dito de forma clara"

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
19/09/2025 18:13 ‧ há 2 semanas por Lusa

O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo afirmou hoje, em Guimarães, distrito de Braga, que a Constituição não reservou a Presidência da República para os partidos.

 

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao supercomputador Deucalion, Gouveia e Melo defendeu que a política não é "uma casta ou um campo reservado" para aqueles que fizeram o seu percurso desde as juventudes partidárias.

"Nós estamos numa democracia e não há nenhuma casta política que tome conta da democracia, porque, senão, não era democracia (...). A Constituição não reservou a Presidência da República para os partidos", referiu.

O ex-almirante reagia, assim, ao artigo que Cavaco Silva publicou hoje no Expresso, em que defende que um bom Presidente da República tem de ter "uma boa dose" de experiência política.

Cavaco destacou ainda o respeito pela Constituição, a defesa da estabilidade política, a isenção e independência em relação às diferentes forças partidárias e às tensões entre Governo e oposição, a sobriedade, o não alimentar intrigas políticas em relação a quem quer que seja e o falar verdade aos portugueses.

"Revejo-me em algumas das qualidades e dos atributos que ele [Cavaco Silva] acha que são necessários a um Presidente da República, como independência, resiliência, coragem, determinação. Portanto, não me senti minimamente afetado pelo artigo. Relativamente a considerar a política uma casta ou um campo reservado a indivíduos que fizeram o seu percurso desde as juventudes partidárias, isso é que eu discordo completamente", reagiu Gouveia e Melo.

Acrescentou que não está na corrida para discutir perfis, mas sim para ajudar a resolver os problemas que afetam o dia-a-dia dos portugueses, como habitação, educação, saúde, impostos ou incêndios.

Com ironia, Gouveia e Melo disse que estava à espera que o artigo fosse um apelo de ajuda e de congregação "à volta de um determinado candidato", designadamente Luís Marques Mendes.

"Tenho pena, mas não vi o nome do candidato. O apelo devia ter sido mais claro. Não sei se o ex-presidente Cavaco Silva queria dizer que o candidato era o candidato do PSD, devia tê-lo dito de forma clara e não de forma disfarçada, e não de forma indireta", disse ainda.

Para Gouveia e Melo, os partidos "são importantíssimos para a democracia, mas têm de mudar a sua forma de estar na política.

"A forma de estar desses partidos e, ultimamente, o seu percurso, têm feito com que a população se afaste dos partidos políticos. Isso é mau para a democracia. Portanto, se os partidos não veem que têm que mudar, serão mudados de uma forma que não é a melhor para a democracia", rematou.

Leia Também: Cavaco diz que próximo Presidente precisa de ter "experiência política"

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