O partido Chega, liderado por André Ventura, ficou à frente da AD, de Luís Montenegro, nas intenções de voto do Barómetro DN/Aximage de setembro. Esta é a primeira vez tal acontece em qualquer sondagem.
De acordo com a sondagem, divulgada esta quinta-feira, após distribuição dos 4,9% que disseram estar indecisos, o Chega recebeu o apoio de 26,8% dos inquiridos - mais 4% do que os 22,76% que obteve nas Legislativas de 18 de maio.
Já a AD surgiu nas preferências de 25,9% dos inquiridos, o que representa uma queda face aos 31,21% que obteve nas últimas eleições e que mantiveram Luís Montenegro no cargo de primeiro-ministro.
O Partido Socialista (PS), por sua vez, conquistou 23,6% das intenções de voto, ligeiramente acima dos resultados das Legislativas (22,83%).
No entanto, ressalva a sondagem, os três partidos encontram-se em empate técnico, uma vez que a margem de erro é de 4,1%.
Segundo os resultados, atrás do Chega, AD e PS, fica o Livre (6,5%), Iniciativa Liberal (6,2%), PCP (3,1%), Bloco de Esquerda (2,4%) e, por fim, o PAN (1,7%).
Sublinhe-se que a sondagem coloca também o Livre em frente à Iniciativa Liberal, notando que nas últimas eleições legislativas os resultados foram de 4,07% e 5,37%, respetivamente.
Maioria dos inquiridos vê Ventura como líder da oposição
Nas eleições legislativas de 18 de maio de 2025, o Partido Socialista conquistou mais de quatro mil votos do que o Chega, mas o partido liderado por André Ventura elegeu mais dois deputados (60 face aos 58 socialistas).
No entanto, apesar destes resultados, a maioria dos inquiridos do Barómetro DN/Aximage de setembro vê Ventura como o líder da oposição. Os dados revelam que 60% dos inquiridos reconhece a posição do líder do Chega, ficando muito acima dos 16% que atribuem tal estatuto ao secretário-geral do PS, José Luís Carneiro.
Aliás, dos eleitores do PS, 39% escolheram Ventura como líder da oposição, enquanto 35% escolheram José Luís Carneiro.
O antigo ministro da Administração Interna, recorde-se, assumiu o cargo de secretário-geral do PS em junho, na sequência da renúncia de Pedro Nuno Santos devido aos maus resultados do partido nas eleições de 18 de maio.
Em maio, sublinha o DN, Pedro Nuno Santos era a principal figura da oposição para 49% dos inquiridos, enquanto Ventura se ficava pelos 30%.
Leia Também: Bürgerfest? A gafe de Ventura que a internet (e políticos) não perdoaram