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Carneiro diz que "mentira" de Moedas mostra "problema de consciência"

Em causa está o facto de o presidente da Câmara de Lisboa recusar demitir-se e rejeitar comparações com o socialista Jorge Coelho, que se demitiu do cargo de ministro do Equipamento Social após a queda da ponte de Entre-os-Rios.

Carneiro diz que "mentira" de Moedas mostra "problema de consciência"

© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
08/09/2025 23:27 ‧ há 4 dias por Notícias ao Minuto

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, lamentou esta segunda-feira as declarações do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, sobre Jorge Coelho, que disse serem uma "mentira", mas considerou que não "há elementos que permitam pedir" a sua demissão em relação ao descarrilamento do Elevador da Glória.

 

"Eu não encontro - para já e ainda - elementos que permitam pedir a demissão do presidente da Câmara Municipal de Lisboa", afirmou, em declarações à CNN Portugal.

José Luís Carneiro lamentou, contudo, a "linguagem insultuosa" utilizada por Carlos Moedas, considerando que "chamar sicários é chamar assassinos a soldo", referindo-se ao facto de o autarca ter acusado o PS de ser "dissimulado" e "cínico", ao ter uma candidata à autarquia que não pede diretamente a sua demissão, mas que depois "encarrega todos os seus sicários e todos os seus apoiantes para virem por trás".

O líder dos socialistas abordou também as declarações sobre o antigo ministro do Equipamento Social, Jorge Coelho, acusando o presidente da Câmara de Lisboa de "mentir".

"Tão grave quanto esta linguagem insultuosa e até mais grave do ponto de vista moral, é trazer à colação alguém que, infelizmente, não está entre nós, com uma mentira sobre as razões que levaram Jorge Coelho a pedir a sua demissão por altura da ponte de Entre-os-Rios", afirmou.

Para Carneiro, as declarações de Moedas "mostram um problema grave de consciência e de coerência". 

Em causa está o facto de Moedas recusar demitir-se após o descarrilamento do Elevador na Glória, na passada quarta-feira, e rejeitar comparações com o socialista Jorge Coelho, que se demitiu do cargo de ministro após a ponte de Entre-os-Rios, em 2001.

O autarca lisboeta chegou mesmo afirmar, também numa entrevista à SIC, no domingo, que os dois casos não são comparáveis porque o gabinete de Jorge Coelho tinha recebido informações que apontavam para a fragilidade da ponte ainda antes do acidente, enquanto no caso dele, pelo contrário, não recebeu qualquer sinal nesse sentido em relação ao Elevador da Glória.

"Mentiu". Moedas 'sob fogo' por declarações "falsas" sobre Jorge Coelho

Carlos Moeda tem recusado demitir-se na sequência do descarrilamento do Elevador da Glória e rejeitou comparações com Jorge Coelho, o ministro socialista que se demitiu após a queda da ponte de Entre-os-Rios.

Márcia Guímaro Rodrigues com Lusa | 19:21 - 08/09/2025

Recorde-se que o Elevador da Glória, localizado no centro de Lisboa, descarrilou pelas 18h04 de quarta-feira, na Calçada da Glória.  O acidente provocou 16 vítimas mortais e mais de 20 feridos. 

Na sexta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) revelou que "estão confirmadas as nacionalidades das 16 vítimas mortais" do acidente, que foram "identificadas cientificamente, com a colaboração do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses". 

Assim, entre as vítimas mortais estão cinco portugueses, dois sul-coreanos, um suíço, três britânicos, dois canadianos, um ucraniano, um norte-americano e um francês.

Leia Também: "Chocou-me". Alexandra Leitão lamenta "ataque à memória" de Jorge Coelho

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