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"Portugueses têm direito à verdade", diz Seguro sobre acidente da Glória

 O candidato presidencial António José Seguro pediu hoje respostas urgentes e apuramento das responsabilidade no acidente do elevador da Glória, alegando que os "portugueses têm direito à verdade", mas recusando-se a entrar nas questões políticas por serem da "vida partidária".

"Portugueses têm direito à verdade", diz Seguro sobre acidente da Glória

© Reuters

Lusa
08/09/2025 12:25 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Presidenciais

"A questão da demissão ou não demissão do presidente da Câmara de Lisboa é um assunto da vida partidária, e eu aí não entro. A minha preocupação é com a segurança dos portugueses, como é que foi possível esta tragédia e o que é que vai ser feito para impedir que tragédias como estas voltem a repetir-se", respondeu aos jornalistas António José Seguro no final de um encontro com o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas.

 

Na opinião do candidato presidencial, "os portugueses têm direito à verdade e têm direito ao apuramento das responsabilidades". 

"E, sobretudo, têm direito a respostas para perguntas tão simples. Como é que o sistema de travagem não funcionou? Como é que as inspeções são feitas nas zonas que não são visíveis que são objeto de investigação diária? Nós precisamos destas respostas e precisamos destas respostas já", exigiu.

Questionado sobre se não faria sentido discutir as responsabilidades políticas, Seguro concordou, mas remeteu para os partidos essa discussão por considerar que não lhe compete a si como candidato presidencial.

"Eu volto a dizer que a minha preocupação é com a segurança dos portugueses. Se o Presidente da República entende que deve entrar nesse debate, é um entendimento dele. O meu entendimento é diferente", respondeu, quando questionado sobre as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa de domingo.

O Presidente da República afirmou que o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, tem "responsabilidade política" sobre o acidente no elevador da Glória, mas considera que não faz sentido falar em demissão a um mês de eleições.

Para Seguro, é preciso ter confiança cada vez que se entra num transporte público ou se passa numa ponte e "a segurança dos portugueses é uma das obrigações principais do Estado".

"Em relação a esta tragédia há perguntas para as quais não há resposta. Já se percebeu que a causa terá tido origem numa zona que não é visível pela inspeção diária que era feita. Então e essa inspeção a essa zona não visível era feita com que periodicidade? Qual é que foi a última vez que foi feita? Quem é que tinha essa responsabilidade?", perguntou.

Outra pergunta para a qual o ex-líder do PS quer resposta tem a ver com o sistema de travagem, que "foi acionado, mas não funcionou". 

"Diz-se no pré-relatório que nunca funcionaria e só agora é que descobriram isso? Foi preciso haver uma tragédia para chegar a esta situação? Tem que haver responsabilidades, quais eram os organismos, quais eram os responsáveis? Morreram 16 pessoas", apelou.

Na opinião de Seguro "estas perguntas precisam de respostas e não se pode estar à espera um ano ou seis meses" para que elas apareçam uma vez que têm que ser dadas "em tempo útil". 

"Os portugueses têm direito à verdade e só a verdade é que gera confiança. Este é o meu foco como candidato a Presidente da República, o resto eu deixo para os partidos", enfatizou.

O elevador da Glória, em Lisboa, descarrilou na quarta-feira, causando 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.

O Governo decretou um dia de luto nacional, nesta quinta-feira.

O elevador da Glória é gerido pela Carris, liga os Restauradores ao Jardim de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto, num percurso de cerca de 265 metros e é muito procurado por turistas.

Leia Também: "Tivemos 96 horas, quatro dias, de inação do presidente de Lisboa"

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