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Demissão de Carlos Moedas? "É necessário aguardar pelas investigações"

Em declarações aos jornalistas, no Porto, José Luís Carneiro respondeu que tem "respeito pelo escrutínio daqueles que têm uma eleição própria para fazer o escrutínio do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML)" e que, por isso, não se vai manifestar sobre este assunto.

Demissão de Carlos Moedas? "É necessário aguardar pelas investigações"

© PS/ José António Rodrigues

Carolina Pereira Soares
07/09/2025 12:01 ‧ há 8 horas por Carolina Pereira Soares

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, não esclarece se pensa que o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, se deve demitir após a tragédia do Elevador da Glória, que vitimou 16 pessoas.

 

Em declarações aos jornalistas, no Porto, Carneiro respondeu que tem "respeito pelo escrutínio daqueles que têm uma eleição própria para fazer o escrutínio do seu presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML)" e que, por isso, não se vai manifestar sobre este assunto.

"Naturalmente que o escrutínio tem de ser feito. A partir de agora, em termos de sede de vereação municipal e também da candidata à Câmara Municipal [Alexandra Leitão], de realizarem esse escrutínio. Mas é um escrutínio que vai ser feito no dia 12 de outubro. Esse é mesmo o grande escrutínio político", acrescentou, referindo-se às eleições autárquicas.

Acrescentou apenas, quanto ao apuramento de responsabilidades (e não apenas políticas), que "é necessário aguardar pelas investigações" para se poderem tirar conclusões sobre quem deve ser responsabilizado pelo acidente.

"Há em curso investigações. Investigações desde logo das autoridades que superintendem estes serviços, mas há também em curso - aliás como é normal - a investigação desenvolvida pelo próprio Ministério Público e é necessário aguardar por essas investigações", admitiu.

O líder socialista elogiou ainda a postura de a Alexandra Leitão, a ex-líder parlamentar dos socialistas e atual candidata a Lisboa nas Autárquicas, perante o descarrilamento do elétrico.

"A candidata do Partido Socialista mostrou um grande sentido de responsabilidade ao respeitar um momento que é de recolhimento, de dor e de luto", afirmou o líder socialista, acrescentando que "Alexandra Leitão tem feito um ótimo trabalho na gestão deste processo".

"E não deixará de agora formular as perguntas que devem ser formuladas", acrescentou.

De relembrar que, no dia 4 de setembro, quando o elétrico descarrilou, José Luís Carneiro estava em Luanda, Angola, numa visita política.

Carneiro afirmou ainda que "os partidos políticos com responsabilidades nacionais cumpriram aqueles que são os seus deveres fundamentais".

"Em primeiro lugar o respeito pelo luto das vítimas mortais, dos feridos graves, dos feridos ligeiros, das duas famílias, dos seus amigos e o luto da comunidade nacional e o luto, particularmente, da cidade de Lisboa, porque foi uma tragédia que se abateu sobre o coração de Lisboa. Foi de grande responsabilidade os partidos políticos respeitarem esse luto", opinou.

Carneiro comenta a polémica com o curso de Medicina na Universidade do Porto

O secretário-geral do PS comentou também este domingo a polémica entre o reitor da Universidade do Porto e o Ministro da Educação - que é acusado de pressionar a instituição para que alunos de medicina fossem aceites no curso, apesar de não terem nota suficiente para isso.

"O PS, como bem sabem, pediu uma audição quer do reitor quer do ministro da Educação na Assembleia da República, e, naturalmente, vai ser feito esse escrutínio", começou o socialista.

"Mas há algo que eu queria lembrar ao ministro da Educação", vincou, realçando que Fernando Alexandre, sendo um académico, deveria saber que "um reitor não apresenta demissão ao ministro".

"Um ministro da Educação, académico, vir dizer que aceitaria a demissão de um reitor, não bate certo com o rigor e com a disciplina", atirou.

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Líder do PS "muito preocupado" com extinção do Plano Nacional de Leitura

Ainda no tema da educação, José Luís Carneiro fez questão de deixar também uma palavra sobre a extinção do Plano Nacional de Leitura.

"É muito grave do meu ponto de vista a opção que o Governo acabou de tomar", considerou, acrescentando que está "muito preocupado" com a situação.

O socialista disse ainda que "o que está a ser posto em causa é todo o esforço feito", nomeadamente por quem dedicou "a sua vida a promover a leitura", num país (que não assim há tanto tempo) apresentava dos níveis de analfabetismo mais altos da Europa.

Leia Também: Ministro assegura estar "sempre disponível" para falar com reitores

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