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Livre diz que reconhecimento da Palestina "pode estar para breve"

O porta-voz do Livre previu hoje que o reconhecimento da Palestina por Portugal "pode estar para breve" e acusou o executivo de querer "lavar as mãos" em relação à presença de três portugueses na flotilha que se dirige a Gaza.

Livre diz que reconhecimento da Palestina "pode estar para breve"

© Hugo Amaral/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
03/09/2025 14:39 ‧ há 3 horas por Lusa

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, após uma reunião com membros do executivo para abordar vários temas, Rui Tavares insistiu no reconhecimento da Palestina pelo Estado português e considerou que, se já tivesse acontecido, "teria salvado vidas".

 

"Nós apoiamos tão depressa quanto possível que Portugal reconheça a Palestina como Estado independente e soberano, parece que isso pode estar para breve", afirmou.

Interrogado sobre se o Governo se comprometeu com uma data, Rui Tavares não quis entrar em pormenores, para que tal não seja usado "como pretexto" para que a Palestina não seja reconhecida.

O deputado do Livre realçou ainda que, caso Portugal reconheça o estado da Palestina, o seu partido vai querer ver "paridade na forma como é tratada a guerra da Rússia contra a Ucrânia com a guerra de Israel contra a Palestina", considerando que "qualquer ataque a esse Estado deve ser entendido pelo Estado português como uma invasão de território estrangeiro por parte de Israel".

Rui Tavares aproveitou ainda para deixar algumas críticas "à maneira como o Governo tem lidado com a questão da Flotilha da Liberdade", embarcação que se dirige à Faixa de Gaza com ajuda humanitária e que é integrada por três portugueses, incluindo a deputada do BE, Mariana Mortágua.

Na ótica do Livre, ou o Governo tinha desaconselhado a ida, algo que "não quis fazer, ou então evidentemente tem obrigações de acompanhamento e até de proteção, nomeadamente quando há uma representante eleita do povo português nessa flotilha".

"O que não pode é lavar as mãos e dizer, «bem, se vão, vão por sua conta e risco e nós só temos a dar o mínimo da proteção, que é a proteção consular»", criticou.

Tavares alertou que "a partir do momento em que Israel diz que as pessoas que estão na Flotilha vão ser tratadas como terroristas, o mínimo que é preciso fazer é chamar o embaixador de Israel para procurar esclarecimentos acerca do que é que isto significa".

Em julho, num comunicado, o primeiro-ministro anunciou que iria ouvir o Presidente da República e os partidos políticos com representação parlamentar com vista a "considerar efetuar o reconhecimento do Estado palestiniano" na Assembleia Geral das Nações Unidas que se realiza este mês.

Leia Também: Chega considera que ainda "não é tempo" de reconhecer Estado da Palestina

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