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Incêndios? "Reforma do Estado deveria ser guiada para esta área"

Miguel Relvas, antigo ministro e ex-secretário-geral do Partido Social Democrata, considerou que a "reforma do Estado deveria agora ser guiada" para a área dos incêndios e respetivo combate. Considerando que "não há planeamento", acrescentou que é precisa mais execução.

Incêndios? "Reforma do Estado deveria ser guiada para esta área"

© Global Imagens

Ana Teresa Banha
27/08/2025 21:09 ‧ há 6 horas por Ana Teresa Banha

Política

Miguel Relvas

O antigo secretário-geral do Partido Social Democrata (PSD) Miguel Relvas comentou, esta quarta-feira, o debate desta tarde sobre a gestão no combate a incêndios, considerado que "não há planeamento" neste âmbito, mas que as responsabilidades não são apenas do Executivo de Luís Montenegro.

 

"Não tenho uma visão nem amarga, nem romântica do debate. Acho que não houve debate nenhum. Houve umas rixas, houve chicana política", começou por referir no seu espaço de comentário na CNN Portugal.

"Mas a verdade é que se falou muito de plano e pouco de execução. Aqui que tem de ser feito agora é tratar do que sucedeu, do que se queimou, tudo se perdeu e do caminho que tem de ser feito", considerou, afirmando que o plano a 25 anos virá numa outra fase e não querendo a sua posição dizer que não se tenha um olhar sobre o futuro.

Miguel Relvas foi 'buscar' a reforma do Estado, que tem sido uma das bandeiras deste Governo: "Estamos a tratar da reforma do Estado. A reforma do Estado deveria agora ser guiada para esta área. Porque um Estado que não é capaz de ter resposta para os incêndios é a ausência do Estado".

O também antigo ministro do Governo de Pedro Passos Coelho apontou que era preciso perceber quais eram as competências que eram precisas dar aos municípios, que são "os que estão mais próximos dos cidadãos, da realidade [...]. E meios, naturalmente."

Relvas comentou ainda o discurso do secretário-geral do Partido Socialista (PS), José Luís Carneiro, que considerou que subiu ao púlpito, onde discursou, com um "ar pomposo". 

"De vez em quando também era positivo que os políticos tivessem uma bússola no bolso para saberem onde andam e para onde é que vão. Todo aquele discurso e esqueceu-se que o PS foi quem esteve no Governo nos últimos oito anos", atirou, recusando estar com um discurso partidário.

Reconhecendo que "certamente que o PSD tem responsabilidades" dado que ao "longo dos últimos anos também esteve em funções", afirmou: "A realidade de hoje demonstra que não fomos capazes. Basta andar na estrada e ver que quem tem floresta não tem meios, quem tem cidades, tem meios que depois manda para a floresta. Nem planeamento aí existe".

Sugerindo que os meios até poderiam ir para os locais mais em risco semanas antes por uma questão de prevenção, Miguel Relvas reforçou: "Há falta de planeamento".

"Incompetência" ou "ao leme"? Governo e incêndios: O debate

Recorde o que foi dito durante a Comissão Permanente da Assembleia da República (AR) sobre a coordenação do combate aos incêndios em Portugal, que contou com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Notícias ao Minuto | 15:00 - 27/08/2025

O debate sobre a coordenação do combate aos incêndios decorreu esta quarta-feira durante cerca de uma hora e meia, no âmbito da Comissão Permanente da Assembleia da República. A sessão contou com a presença do chefe de Governo, Luís Montenegro, e também com a presença da Ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, que não interveio.

Outros membros do Governo estiveram presentes, mas ausência do Ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, foi notada - e criticada pelo líder do PS, que disse que a situação mostrava "o compromisso" que o Executivo queria estabelecer.

Para além do pacto a 25 anos e de críticas sobre a ausência de medidas para os bombeiros nas 45 anunciadas na semana passada, o Governo 'ouviu' ainda a oposição a classificar a gestão feita no último mês como "incompetente".

No início do debate o primeiro-ministro garantiu que esteve "sempre no terreno", ao "leme", e, no fim, reforçou essa ideia, dizendo que para agir como tal não precisou de "vestir um casaco da Proteção Civil".

Leia Também: "Incompetência" ou "ao leme"? Governo e incêndios: O debate

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