"A redução [IRC] deve ser uma prioridade. O fim das portagens na A23 é outro exemplo muito importante para as empresas. Foi uma medida do PS e é um exemplo que pode servir de ilustração para o desenvolvimento do país", disse José Luís Carneiro.
O líder socialista falava aos jornalistas no final de uma visita a uma empresa de bioenergia e paletes situada na Sertã, distrito de Castelo Branco.
"O IRC majorado para as empresas do interior é um bom destino a dar à redução do IRC. Reduzir para todos, sem critério, não favorece uma politica económica de desenvolvimento do interior e da coesão", afirmou.
José Luís Carneiro considerou a empresa sertaginense como um dos exemplos que podem ilustrar o que pode ser feito no país, para valorizar os recursos dos territórios.
"Trata-se de uma empresa que está internacionalizada e que transforma recursos do território em oportunidades económicas, de emprego e na qualificação das condições de vida das populações", sustentou.
Questionado sobre as declarações do ministro da Economia, Castro Almeida, em entrevista à RTP3, em que defendeu que o Governo está "manifestamente mais empenhado" em acabar com os incêndios do que o PS esteve, José Luís Carneiro falou em "desconhecimento". "Sugeria que fosse ver os números de 2022 e 2023 e procure ler os relatórios internacionais que demonstraram que o nosso sistema de Proteção Civil estava entre os melhores da União Europeia", disse.
Já sobre as declarações de Castro Almeida na Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide, sublinhando que o seu governo quis estabelecer um teto de 15% do IRS aos jovens e que foi impedido pelo PS, o secretário-geral do PS salientou que quem criou o IRS para os jovens "foi o PS liderado por António Costa".
"Quem criou o IRS para os jovens foi o governo do PS. Nós até entendemos que pode haver uma redução do IRS acrescida para os jovens nos territórios de baixa densidade e que trabalhem no interior", defendeu.
Questionado pelos jornalistas sobre aquilo que espera do debate de hoje no parlamento, José Luís Carneiro disse que o mais importante que vai resultar desta discussão é algo que ninguém mais esquecerá: "Enquanto o país ardia e as populações estavam com um sentimento de abandono, o PSD estava a realizar uma festa no Pontal".
Para o líder socialista "é incompreensível que não tenham adiado uma festa quando o país passava por dificuldades".
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