Num discurso na Festa do Pontal, no Calçadão da Quarteira, no Algarve, Luís Montenegro afirmou que não esquece os compatriotas que estão "confrontados com um flagelo", referindo-se aos incêndios florestais, cuja ocorrência atribuiu a condições meteorológicas "difíceis e adversas", muitas vezes a "alguma falta de cuidado e negligências", e, noutras, a "condutas criminais".
"Nós estamos a fazer o esforço máximo para não deixar ninguém sozinho, a fazer o esforço máximo para mobilizar todos os meios que temos, para salvaguardar, em primeiro lugar, as vidas e a saúde de todos os nossos compatriotas, para salvaguardar o seu património e o que é de todos nós: o nosso património natural", assegurou.
Montenegro disse estar a fazê-lo "acompanhando a situação a toda a hora", e contando com "o esforço de muitas mulheres e de muitos homens: dos bombeiros, da Proteção Civil, da GNR, dos sapadores florestais, das Forças Armadas, de todas as forças de segurança, dos autarcas" e de "muitos cidadãos anónimos".
"Nós estamos a fazê-lo de forma talvez discreta, mas, acreditem, muito próxima e procurando ser o mais eficaz e eficiente possível. Nós estamos a fazê-lo utilizando tudo aquilo que é possível, depois de termos feito uma preparação do ponto de vista da prevenção e da dotação de todo o sistema para o combate", referiu.
Montenegro ressalvou, contudo, que não vai fazer hoje uma avaliação do combate aos incêndios, porque o país está "em plena guerra e não é a meio da guerra" que se faz essa discussão.
"Vamos primeiro ganhar a guerra, salvar as pessoas, o nosso património, o nossos país e cá estaremos para fazer ainda melhor no futuro", referiu.
De seguida, Luís Montenegro deixou uma crítica implícita à cobertura jornalística que está a ser feita dos incêndios, designadamente por as televisões estarem a "preencher metade dos ecrãs com labaredas e a outra metade com a Festa do Pontal", apesar de salientar que respeita a liberdade de expressão, editorial e jornalística.
"São critérios de escolha legítimos que devem ser respeitados, tão respeitados como o critério legítimo de um partido político falar com o seu povo, encontrar a sua família política e fazer a análise daquilo que é a vida do país", disse, antecipando eventuais críticas pela realização da Festa do Pontal enquanto o país está em situação de alerta.
Montenegro assegurou que o PSD tem "sentido de responsabilidade" e referiu que a Festa do Pontal é um "encontro político, de liberdade, liberdade de expressão e para falar do país", daquilo que o executivo tem andado e fazer e quer fazer "em nome de todos".
"E é possível nós fazermos isso ao mesmo tempo que estamos a fazer tudo para ajudar aqueles que estão a sofrer", disse.
[Notícia atualizada às 23h24]
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