Irão. Marques Mendes denuncia ofensiva "profundamente desnecessária"

O candidato presidencial Luís Marques Mendes considerou hoje que a ofensiva de Israel ao Irão é "profundamente desnecessária" e "muito perigosa" e pediu "decisões mais fortes e mais firmes" da Europa para o que se passa em Gaza.

Luís Marques Mendes, PSD,

© Partido Social Democrata/Flickr

Lusa
13/06/2025 16:31 ‧ ontem por Lusa

Política

Médio Oriente

"Acho que é, de facto, uma intervenção completamente gratuita, profundamente desnecessária e, acima de tudo, muito perigosa", que acontece "numa zona do mundo muito sensível", afirmou.

 

O candidato a Presidente da República falava à agência Lusa e ao Observador no final de uma visita ao Centro de Dia Algueirão Mem-Martins, no concelho de Sintra (distrito de Lisboa).

"Só posso lamentar uma situação desta natureza e, sobretudo, desejar que haja, como já parece que começa a haver, algumas tentativas de mediação para que este conflito não venha a escalar ainda mais", declarou.

Luís Marques Mendes afirmou que Israel e o Irão "têm uma relação tensíssima há muito tempo" e considerou que "esta é uma situação preocupante".

O candidato a Belém nas eleições presidenciais de janeiro do próximo ano assinalou que "a preocupação é diária, é constante", e no que toca à faixa de Gaza existe "já há bastante tempo".

"Relativamente à faixa de Gaza, começa a ser urgente que a Europa, ou a maior parte os países europeus, tomem decisões mais fortes e mais firmes", defendeu, considerando que aquilo que está a acontecer naquela zona "é uma situação intolerável".

"Não está em causa o direito de Israel à autodefesa, mas Israel está a abusar da sua intervenção, a criar uma crise humanitária sem precedentes e a tentar dizimar um povo. A pretexto de um grupo terrorista, está-se a tentar dizimar um povo, e julgo que é tempo de a Europa ser mais firme, a condenar e a agir", salientou.

Marques Mendes defendeu também o reconhecimento do Estado da Palestina, "porque é uma forma de pressão", e a suspensão do "acordo de associação na parte comercial entre Israel e a União Europeia", por forma a "introduzir uma pressão muito forte junto do Governo de Israel".

"Povo de Israel é uma coisa, Estado de Israel é uma coisa, Governo de Israel é outra, tal como Hamas é uma coisa e o povo palestiniano é outra, completamente diferente. Impõe-se que a Europa, os países da Europa, incluindo Portugal, sejam mais firmes nesta matéria", referiu.

Israel iniciou na madrugada de hoje uma ofensiva militar contra o Irão com bombardeamentos a instalações militares e nucleares que mataram vários altos oficiais iranianos, bem como cientistas e outros civis.

Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).

O Governo israelita afirmou que a operação militar vai continuar e as autoridades iranianas prometem uma resposta sem limites aos ataques israelitas.

Leia Também: Petróleo dispara após ataque de Israel ao Irão

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