Ventura "está convencido de que assim como fritou o PS, fritará PSD"

Paulo Portas comentou a atualidade política no seu espaço habitual da CNN, este domingo, debruçando-se sobre o Governo de Luís Montenegro, o futuro do PS e, claro, o "novo líder da oposição", André Ventura.

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Notícias ao Minuto
25/05/2025 23:23 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

Política

Paulo Portas

No rescaldo de umas eleições legislativas que causaram surpresa generalizada, Paulo Portas acredita que, no que concerne ao crescimento do partido Chega, a "situação é, sobretudo, gerível", mas não sem algum esforço por parte do novo Governo.

 

"O novo líder da oposição [André Ventura] está convencido de que assim como 'fritou' o PS a seguir 'fritará' o PSD", afirmou o ex-vice-primeiro-ministro, no seu espaço habitual da antena da CNN Portugal.

Portas acredita que Luís Montenegro terá de apresentar um Governo "com muito mais iniciativa política" porque, sendo minoritário, "vai de ter de negociar com todos".

"O novo líder da oposição, evidentemente, pelo sucesso que teve, passará a ser mais escrutinado, sobretudo nas propostas económicas e sociais", disse o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, alertando para os detalhes que, afiança, "as pessoas não se deram muito conta".

"O programa económico [de André Ventura] levava o superávit que temos hoje, e que custou muito a ter, a um défice de pelo menos 8,5%, e nalgumas versões 14%, ou seja, pior do que o de José Sócrates", comparou.

Para o dirigente democrata-cristão, uma outra questão é racionalidade dos eleitores, neste campo. "Estou muito cético sobre a racionalidade do Ocidente nos nossos dias", começa por dizer, elencando "uma parte oculta no digital" que é "dirigida aos instintos da pessoas e não à sua racionalidade".

Ainda assim, o ex-deputado centrista acredita que Luís Montenegro será capaz de manter "um Governo mais estável e mais durável", deixando ainda a nota: "A AD é uma marca que, quando se apresenta a eleições, é ganhadora".

Sobre o PS, garante que apenas "precisa de tempo" e deixa a 'farpa': "Só voltará a incentivar eleições antecipadas quando tiver a convicção provável de que supera o seu novo concorrente", o Chega.

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