"A antiga líder do PSD junta-se à candidatura reconhecendo a ligação de Marco Almeida a Sintra e por ter confiança na sua capacidade e experiência", considerou a candidatura "Sempre com os Sintrenses".
A candidatura do antigo vereador social-democrata, em comunicado, destacou que Ferreira Leite, "figura incontornável da vida pública portuguesa, reconhecida pelo empenho e sentido de responsabilidade", associa-se "a um projeto que considera sólido, liderado por alguém com provas dadas no concelho".
"Aceitei ser mandatária porque reconheço em Marco Almeida um autarca experiente, com provas dadas e com uma boa estratégia para o concelho. Num tempo em que a política exige ambição e compromisso com o bem comum, é com convicção que me junto a um projeto que coloca os sintrenses em primeiro lugar", afirmou Manuela Ferreira Leite, citada na nota.
Para Marco Almeida, também citado no comunicado, a antiga ministra da Educação, de Cavaco Silva, e das Finanças, de Durão Barroso, "é uma referência nacional" e "tê-la como mandatária é uma honra e uma responsabilidade acrescida".
"Somos um projeto agregador, que valoriza a experiência, que escuta a comunidade e que constrói soluções com base naquilo que realmente importa para os sintrenses", acrescentou.
O antigo vereador social-democrata vai concorrer pela terceira vez à presidência da Câmara de Sintra, após ter sido eleito em 2001 na lista do PSD liderada por Fernando Seara, exercendo o cargo de vice-presidente durante 12 anos.
Nos executivos liderados por Seara, assumiu as competências nas áreas da Educação, Saúde, Ação Social, Desporto, Habitação, Proteção Civil, Ambiente, Intervenção Urbana, Juventude e coordenação com as freguesias.
Nas eleições de 2013, encabeçou a lista do Movimento Independente Autárquico "Sintrenses com Marco Almeida", numa candidatura contra o PSD, tendo sido eleito vereador e desempenhado o cargo em regime de não permanência. Cessou a filiação social-democrata em fevereiro de 2014.
Nas eleições seguintes, em 2017, voltou a ser cabeça de lista à Câmara de Sintra, então como independente na coligação "Juntos pelos Sintrenses", de PSD, CDS-PP, PPM e MPT - com o antigo líder democrata-cristão José Ribeiro e Castro a liderar a lista à Assembleia Municipal -, mas voltou a perder perante Basílio Horta, pelo PS, mantendo-se como vereador e regressando em agosto de 2018 ao PSD.
Em termos partidários, foi eleito conselheiro distrital da JSD e delegado à Assembleia de Militantes de Lisboa do PSD, e conselheiro e vogal da Comissão Política Nacional presidida por Manuela Ferreira Leite, entre 2008 e 2010.
Marco Paulo Caldeira de Almeida, natural do Lobito (Angola), 55 anos, é licenciado em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas na Universidade Nova de Lisboa, com pós-graduação em Ciências do Ramo de Formação Educacional, e desde novembro de 2017 exerce funções de vogal no conselho de gestão da Escola Superior de Saúde de Alcoitão, instituição do universo da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Professor de profissão, esteve colocado em várias escolas públicas e ingressou no PSD em 17 de dezembro de 1992 na secção do Cacém, integrando no ano seguinte o executivo da Junta de Freguesia de Agualva-Cacém.
A Câmara de Sintra é liderada pelo PS, que nas eleições de 2021 obteve cinco mandatos, tendo a coligação encabeçada pelo social-democrata Ricardo Batista Leite conseguido quatro eleitos. O Chega elegeu Nuno Afonso, que entretanto passou a vereador independente, e a CDU viu ser eleito Pedro Ventura.
As eleições autárquicas estão previstas decorrer entre setembro e outubro.
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