Livre pede Esquerda unida. "Não faz sentido dar Câmaras de mão beijada"

Na ótica de Rui Tavares, "o que faz sentido é que os progressistas e os democratas nesses concelhos saibam qual é a alternativa clara que têm para derrotar a extrema-direita".

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© Rita Franca/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Notícias ao Minuto
22/05/2025 08:58 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto

Política

Eleições

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, apelou a uma união à Esquerda nas eleições autárquicas, por forma a não dar “Câmaras de mão beijada à extrema-direita”.

 

“A reflexão à Esquerda pode e deve ser grande e a Esquerda gosta de refletir, mas também tem de decidir. […] Ninguém pode achar que tem o luxo de fazer uma reflexão e de chegar a conclusões lá para o outono”, alertou, em declarações à SIC Notícias.

A título de exemplo, o historiador apontou que, se nada for feito à Esquerda, “podemos acordar no dia 22 de setembro de manhã com um mapa político inteiramente mudado”.

“Nos 60 municípios em que o Chega ficou em primeiro lugar, para eleições legislativas isso não significa tanto, mas para eleições autárquicas significa 60 presidentes. Dessas câmaras, em 49 delas a Esquerda junta está à frente. Portanto, não me faz sentido dar 60 câmaras de mão beijada à extrema-direita, quando podemos diminuir isso para 11 ou menos”, explicou.

Na ótica do porta-voz do Livre, “o que faz sentido é que os progressistas e os democratas nesses concelhos saibam qual é a alternativa clara que têm para derrotar a extrema-direita”.

O responsável deu ainda conta de que deverão ocorrer reuniões com os vários partidos de Esquerda, por forma a traçar uma estratégia.

Já no que diz respeito aos resultados das eleições legislativas antecipadas, Rui Tavares equacionou que “faltaram essencialmente três coisas” à Esquerda, entre elas “ter um discurso que reivindica liberdade”.

“Um programa ancorado na liberdade que está na nossa matriz desde o 25 de Abril foi, de certa forma, objeto de uma certa distração à Esquerda. A palavra foi ocupada e até monopolizada pela Direita, seja pela extrema-direita, que na verdade não preza a liberdade e, quando tem poder, sabemos que se tornam nos piores autoritários, ou por uma Direita neoliberal, que também se reivindica da liberdade, mas que é ‘poucochinha’”, disse.

O historiador considerou ainda que “a Esquerda deixou que o Estado se resumisse a ser ou regulador ou caritativo”, além de ter demonstrado “pouco pragmatismo”.

“A Direita é pragmática demais, a Esquerda é pragmática de menos. Agora temos um enorme desafio com as eleições autárquicas, em que a Esquerda está a falhar”, disse.

O porta-voz do Livre disse ainda que o partido centrou “as suas propostas para que fossem universais”, uma vez que, “em Portugal, temos uma situação de enorme desconfiança social, grandes fraturas em que pobre desconfia do miserável, o miserável do remediado e isto não pode ser assim”.

“Temos uma obrigação de unir o país e de voltar a tecer os laços sociais”, indicou.

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