AD vence e PS tem um dos seus piores resultados no distrito de Lisboa

A AD (PSD/CDS-PP) venceu as eleições legislativas antecipadas de domingo no círculo de Lisboa, onde as forças à direita obtiveram a maioria dos mandatos e o PS teve um dos seus piores resultados neste distrito.

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Lusa
19/05/2025 02:23 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Legislativas

Segundo os dados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), a AD reforçou a sua votação no círculo de Lisboa, onde obteve aproximadamente 362 mil votos, 28,47% do total, e conseguiu 15 mandatos dos 48 em disputa.

 

Destes 15 eleitos pela AD, um é do CDS-PP, Paulo Núncio, e os restantes 14 vão integrar a bancada do PSD. O cabeça de lista da AD por Lisboa nestas eleições foi Joaquim Miranda Sarmento, ministro das Finanças do Governo PSD/CDS-PP cessante.

O PS, que teve Mariana Vieira da Silva novamente como número um por Lisboa, foi a segunda força mais votada neste distrito, onde nas legislativas de 2024 tinha vencido, apesar de já então ter perdido em termos nacionais.

Com cerca de 301 mil votos, menos 64 mil do que há um ano, 23,68% do total, o PS passou de 15 para 12 eleitos no maior círculo do país.

Foi um dos piores resultados dos socialistas neste distrito, onde só em 1985 e 1987 tinham tido tão poucos eleitos, também 12, mas nessa altura o total de deputados pelo distrito era superior e os votos no PS foram ainda menos, em torno dos 250 mil.

O Chega, com o presidente do partido, André Ventura, como cabeça de lista, ficou uma vez mais em terceiro no círculo de Lisboa, com posição reforçada: mais de 265 mil votos, 20,86% do total, e 11 eleitos, mais dois do que há um ano.

Com cerca de um milhão e 912 mil eleitores inscritos, o círculo de Lisboa elege mais de um quinto dos deputados à Assembleia da República e é onde um maior número de forças políticas tem conseguido mandatos. Desta vez, foram oito, os mesmos de 2024: AD, PS, Chega, IL, Livre, CDU, BE e PAN.

A IL, com 97 mil votos, 7,63% do total, voltou a ficar em quarto lugar e subiu de três para quatro eleitos. A lista do partido foi encabeçada Mariana Leitão, líder parlamentar na legislatura cessante.

No seu conjunto, as forças à direita obtiveram mais de metade dos votos e dos eleitos no círculo de Lisboa, como já tinha acontecido no ano passado.

À esquerda, só o Livre subiu de votação, para mais de 87 mil votos 6,87% do total, e dois para três mandatos no distrito por onde se candidatam os seus dois porta-vozes, Rui Tavares, em primeiro, e Isabel Mendes Lopes, no segundo lugar da lista.

O BE e a CDU (PCP/PEV) desceram de dois para um eleito cada um, mas foi bastante mais acentuada a queda dos bloquistas, que elegeram neste círculo a sua agora única deputada, a coordenadora do partido, Mariana Mortágua.

O BE caiu de 65 mil para aproximadamente 29 mil, 2,35% do total, ficando agora atrás dos comunistas, no distrito de Lisboa, como no país. A CDU, que elegeu neste distrito o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, passou de 49 mil para 45 mil votos, 3,57% do total.

O PAN, com 23 mil votos, 1,84% do total, manteve neste círculo a sua deputada única, a porta-voz do partido, Inês de Sousa Real.

O ADN ultrapassou outra vez a fasquia de 1% dos votos, mas baixou de votação e voltou a não eleger nenhum deputado.

Nas 19 eleições legislativas realizadas desde o 25 de Abril, incluindo as de 1975 para a Assembleia Constituinte, o PS foi 11 vezes a força mais votada no distrito de Lisboa, enquanto o PSD, sozinho ou em coligação com CDS-PP e/ou PPM, venceu oito vezes neste círculo.

Neste círculo, o melhor resultado conseguido pelo PS foi o de 1975, para a Constituinte, em que recebeu mais de 583 mil votos, 45,98% do total, seguindo-se os de 1995 e 2005, eleições em que voltou a superar os 500 mil votos.

O recorde de votos do PSD em Lisboa foi em 1987: mais de 564 mil votos, 45,82% do total. O PSD teve outros resultados acima de meio milhão de votos neste distrito, nas legislativas de 1979 e 1980, com a AD, e em 1991.

Leia Também: AD ganha, PS e Chega taco a taco, PNS sai e JPP entra. A noite eleitoral

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