"Não me cabe ser o suporte deste governo e penso que este papel também não deve caber ao PS", disse, depois de anunciar que já tinha ligado a Luis Montenegro a felicitá-lo pela vitória.
Segundo Pedro Nuno Santos, estes são "tempos duros e difíceis para a esquerda e para o PS".
Pedro Nuno Santos, que discursou já depois da meia-noite no quartel-general do PS para esta noite eleitoral, em Lisboa, reagiu assim à pesada derrota do PS nestas legislativas.
De acordo com os resultados provisórios, o PS ficou em segundo lugar, mas a uma curta distância do Chega e com o mesmo número de deputados do partido de André Ventura, perdendo 20 deputados em relação há um ano, ainda sem os resultados da emigração.
"A extrema-direita cresceu, cresceu muito, tornou-se mais violenta, mais agressiva e mais mentirosa (...) A extrema-direita deve ser combatida sem complacência, com coragem e firmeza e sem medo", afirmou Pedro Nuno Santos.
Que acrescentou: "Combater a extrema-direita e as suas ideias, esteja a extrema-direita no poder ou a influenciar quem está no poder".
Antes de começar a sua intervenção, o líder do PS recebeu uma grande salva de palmas dos apoiantes que se juntaram esta noite no hotel, onde os socialistas se juntaram para acompanhar a noite eleitoral.
"Queria agradecer cada voto, cada carinho, cada apoio que nós fomos tendo ao longo destas semanas. São tempos duros e difíceis para a esquerda, são tempos duros e difíceis para o Partido Socialista e por isso valorizo ainda mais cada voto, cada apoio que nós conseguimos ter ao longo destas semanas", frisou.
Pedro Nuno Santos voltou a insistir que o PS não provocou estas eleições, mas queria vence-las.
"Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance, fizemos uma boa campanha, mas nós não conseguimos ganhar estas eleições. O povo português falou com clareza e nós, como sempre, ao longo da nossa história, respeitamos, como é evidente, a decisão do povo português", frisou ainda.
[Notícia atualizada às 01h21]
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