Cordeiro acusa AD de nunca se afastar das políticas de cortes de Passos

O ex-ministro socialista Duarte Cordeiro considerou hoje que a AD nunca se distanciou das políticas de cortes do Governo de Passos Coelho no período da troika, afirmando que, se Pedro Nuno Santos fosse primeiro-ministro, estas eleições não aconteceriam.

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© André Luís Alves / Global Imagens

Lusa
12/05/2025 15:03 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Legislativas

Duarte Cordeiro juntou-se hoje à campanha do PS para as eleições legislativas, num almoço-comício na Figueira Foz, Coimbra, responsabilizando o primeiro-ministro, Luís Montenegro, por estas eleições antecipadas e acusando-o de não quer estabilidade "por mero oportunismo" porque estava convencido de que conseguiria "uma maioria absoluta nestas eleições com a IL".

 

"O Governo de Passos Coelho, eu nunca vi a atual AD, Luís Montenegro, distanciar-se daquilo que foram as políticas que adotaram na altura. Nunca os vi distanciar-se dos cortes que fizeram nos salários e nas pensões. Nunca os vi distanciarem-se sequer da expressão 'ir além da troika'", acusou.

Na opinião do antigo ministro, se "Pedro Nuno Santos fosse primeiro-ministro", Portugal não estaria neste momento a ir para eleições antecipadas.

"Se hoje o Pedro Nuno Santos fosse primeiro-ministro, nós tínhamos estas eleições ou tínhamos uma pessoa que, até ao limite, estava-se a esforçar para negociar, para ter orçamentos aprovados", questionou, respondendo em seguida que com o líder do PS à frente do executivo os portugueses não seriam chamados às urnas.

Segundo Duarte Cordeiro, o PS não desbarataria as "condições políticas para tentar ter uma vantagem eleitoral", como acusa a AD de ter feito.

"Nós não criávamos incerteza económica, incerteza política, para tentar jogar com alguma vantagem eleitoral", sustentou.

O antigo ministro dos governos de António Costa não esqueceu a possível coligação pós-eleitoral entre a AD e a IL - em relação à qual Pedro Nuno Santos tem deixado diversos alertas -e referiu que Luís Montenegro "já não esconde" o desejo de formar Governo com os liberais.

"Então tem o dever de ser transparente com os portugueses e dizer até onde é que está disponível para negociar o seu programa para negociar com a Iniciativa Liberal. É que o programa AD/Iniciativa Liberal é um programa muito diferente de um programa da AD", desafiou.

Porque um programa da AD coligada com a IL "é muito diferente", Cordeiro considerou "fundamental para o eleitorado do centro e para os pensionistas" saber então de que vai Montenegro abdicar.

"Os pensionistas, o eleitorado de centro têm que saber, até o dia das eleições, o que é que Luís Montenegro está disponível para negociar para fazer um governo com a IL. É que eu não sei. E eu duvido que algum de vocês saiba", reiterou.

O dirigente do PS não esqueceu o partido de André Ventura na sua intervenção.

"Nós não temos que ter vergonha de dizer isto. Porque quando André Ventura vem defender a administração Trump e as tarifas que vêm prejudicar as nossas empresas, os nossos trabalhadores, vêm pôr em causa a nossa capacidade de continuar-nos a desenvolver, ele está a ser um traidor à pátria e aos interesses que o nosso país", acusou.

O antigo ministro elogiou ainda Pedro Nuno Santos por, numa situação complexa internacional, ser "o único líder que está a falar de economia".

[Notícia atualizada às 16h58]

Leia Também: Pensionistas "confiam" no primeiro-ministro e não em "piropos"

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