Montenegro recusa "distrair portugueses com mexericos políticos"

O presidente do PSD recusou hoje revelar eventuais conversas pré-eleitorais com a IL, dizendo não querer "distrair os portugueses com mexericos políticos", e criticou a insistência da comunicação social no tema da empresa familiar Spinumviva.

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Lusa
12/05/2025 12:01 ‧ há 5 horas por Lusa

Política

Legislativas

Na feira de Espinho, a caravana da AD não se cruzou com a do PS, que começou no mesmo local, mas meia hora antes, nem com elementos do PPM, PAN e Chega que também andavam na mesma feira.

 

No final de uma passagem de 40 minutos com muitos jornalistas a tentarem chegar ao pé do primeiro-ministro e líder da AD-Coligação PSD/CDS-PP, Luís Montenegro respondeu a perguntas da comunicação social e foi questionado se entende, ao fim de uma semana de campanha, que "valeu a pena insistir na teimosia de manter a empresa familiar e levar o país para eleições".

"O senhor não tem mais nenhuma pergunta para me fazer todos os dias? A RTP está empenhadíssima", afirmou o líder do PSD, que foi depois informado que tinha a SIC a questioná-lo sobre este tema.

"Então é a SIC, pronto, mas eu vi aqui o microfone da RTP que tem sido mais insistente. Mas querem voltar a fazer as mesmas perguntas que faziam há dois meses e há três meses? Sinceramente, eu estou muito tranquilo com isso, ainda ontem estive na SIC, até a responder questões à volta disso", disse, referindo-se ao programa humorístico de Ricardo Araújo Pereira, não acrescentando mais nada.

Para o também primeiro-ministro, nesta última semana de campanha "o essencial é que as portuguesas e os portugueses tomem uma decisão sobre o seu futuro, deem condições de governabilidade e de estabilidade a um governo que querem continuar o seu trabalho", considerando que o resto "o resto são manobras para tentar distrair os portugueses de uma avaliação serena".

Já questionado sobre as afirmações do presidente da IL, Rui Rocha, na véspera, de que tinha sido desafiado pelas lideranças do PSD para uma coligação pré-eleitoral - que recusou -, Montenegro não respondeu diretamente.

"O que eu propus foi uma coligação aos portugueses para continuarem a acreditar neste governo e é essa que interessa agora. As conversas entre os partidos acho que existem e vão existir sempre, mas não é meu hábito distrair as portuguesas e os portugueses como mexericos políticos, quando aquilo que está em causa são opções estratégicas para o futuro do país", disse.

Perante a insistência da comunicação social nas questões da governabilidade, Montenegro defendeu que tem sido mais claro do que qualquer outro líder político.

No final destas declarações, foi ainda questionado se há problemas na coligação PSD/CDS-PP, respondendo um breve: "Nada disso".

Montenegro voltou a ser questionado se vai pedir maioria absoluta até final da campanha -- o que ouviu de alguns apoiantes na feira -, mas voltou a dar a resposta habitual: "Eu tenho afirmado e solicitado às portuguesas que nos deem uma maioria maior para termos condições para executar com mais tranquilidade o nosso programa".

"Estamos empenhados em lutar por cada voto, os votos não são de ninguém, é outra coisa que é preciso dizer também nesta última semana. Às vezes, no debate político, fala-se de eleitores destes, eleitores daqueles, os votantes destes, os votantes daqueles: os votos não são de ninguém, os votos são da própria pessoa e a própria pessoa pode votar sempre no mesmo, pode mudar", defendeu.

Sobre uma nova proximidade com a caravana do PS -- que já tinha acontecido em Évora -, Montenegro desvalorizou: "Nós não fazemos ideia do que é que os outros decidem, nós decidimos por nós, mas é natural que os partidos políticos procurem os locais onde está mais gente, onde possam ter mais interação, u encaro isso como ter naturalidade".

Neste caso, quando a AD entrou na feira, já o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, estava a abandonar o local.

Também lá andava o ex-parceiro de coligação Gonçalo da Câmara Pereira, mas que nem tentou abordar o líder do PSD.

Sobre a boa receção na feira de Espinho, localidade onde mora há muitos anos, Montenegro disse que se tem "sentido em casa em todo o lado".

No entanto, aqui encontrou pelo menos duas senhoras que o conheciam "desde pequenino": "Meu amor, tudo de bom, conheço-te desde pequenino, que sejas muito feliz", desejou uma delas.

Alguns feirantes iam-se queixando da confusão causada pela comitiva da AD e muita comunicação social: "Quem estragar, paga", avisava uma vendedora de fruta, e muitos apoiantes lamentavam nem sequer conseguir chegar ao pé do primeiro-ministro.

Leia Também: Pedro Nuno diz que Montenegro está em negação e que jovens estão com o PS

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