O antigo deputado socialista Ascenso Simões recorreu às redes sociais, no sábado, para criticar o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, a quem aconselhou a "mudar radicalmente" e a "deixar os iscos que a AD [Coligação PSD/CDS] lhe está a colocar no caminho" e a "falar sobre o país e para os portugueses".
"Alguém pode dizer a PNS [Pedro Nuno Santos] para deixar os iscos que a AD lhe está a colocar no caminho e falar sobre o país e para os portugueses? O que interessa ao líder do PS o deputado Hugo Carneiro? E o facto de o Governo estar a fazer campanha com o dinheiro do Estado como todos sempre fizeram?", começou por questionar o também antigo secretário de Estado, numa publicação divulgada na rede social Facebook.
"Que fale para os portugueses, que seja pedagógico, calmo, amigável, que não use palavras vulgares, nem divida as pessoas entre os bons e os maus", acrescentou.
O socialista lembrou o apagão de há uns dias e apontou este como "um assunto relevante": "E nem uma proposta, nem um caminho que o PS seguirá se for governo, nada. Só conversa fiada sem nenhum interesse", criticou.
Na mesma linha, abordou outras áreas para as quais não vê respostas apontadas pelo PS, nomeadamente na área da economia ou da saúde, onde pede "exemplos sobre pessoas reais".
"As pessoas olham para a radicalização da vida política e reparam que o PS não se apresenta moderado, próximo, mobilizador, antes se revela em cartazes e posts com punhos no ar ao jeito cubano", continuou.
"Parem esse elitismo que faz com que milhões de pessoas que gostam do Tony Carreira achem que também estão a ser menosprezadas. E esse elitismo vir de um grupo reduzidíssimo, mas com acesso aos jornais, que se deu a conhecer nos bancos do governo sem saber quase nada do país real, é o pior que nos está a acontecer. Temos de governar o país como ele é e não como gostaríamos que ele fosse", atirou.
Ascenso Simões entende que "é preciso escolher as palavras, discursos curtos" e "sorrisos que não resultem como obrigação para compensar o nervosismo e a irritação que trespassa".
"PNS tem de entender que assim não dá e mudar radicalmente. O tempo escasseia…", completou.
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