A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, afirmou que o partido tem uma "estratégia económica" que passa por ajudar as empresas a aumentar o "salário mínimo e médio" dos trabalhadores.
"Não se aumentam os salários sozinhos. É preciso compensações sociais e ambientais, as empresas sozinhas não poderão acomodar este aumento. É preciso permitir às empresas estarem mais preparadas para embates, seja em contexto de apagão, seja em contexto de crise climática e defesa", explicou Inês Sousa Real, aos jornalistas, antes de participar na marcha do 1.º de Maio, organizada pela CGTP.
A deputada defende que é preciso "garantir estabilidade para o país" e isso só será possível com uma "visão de médio e longo prazo" que proteja os "trabalhadores e as empresas".
"Temos tido ciclos políticos muito curtos e instáveis e um braço de ferro entre os Estados Unidos e a Europa, com as tarifas e postos de trabalho ameaçados. Temos de ter uma estratégia para o salário mínimo e médio e garantir que as famílias podem ter mais tempo com os filhos e redução do horário de trabalho, de forma progressiva, até às 35 horas semanais, equiparando à função pública", acrescentou a porta-voz do PAN.
A CGTP promete um "dia de intervenção" com iniciativas em todos os distritos. Pretendem assinalar o feriado "com os trabalhadores e as suas reivindicações na rua", salientando o secretário-geral Tiago Oliveira que o objetivo é fazer do 1.º de Maio "um dia de luta, de intervenção e de denúncia, em que os trabalhadores venham para a rua dizer o que procuram na resposta aos seus problemas".
A central antecipa assim "um grande 1.º de Maio", após um também "grande 25 de Abril, com milhares e milhares de trabalhadores na rua, na perspetiva de uma política diferente e de um rumo diferente para o país" e com os olhos nas eleições legislativas de 18 de maio, "em que os trabalhadores terão que se pronunciar sobre aquilo que querem para o futuro do país".
Leia Também: São Bento celebra 25 de Abril e 1.º de Maio com cravos vermelhos e música