"Situação limite". Ferro Rodrigues admite bloco central para evitar crise

Ferro Rodrigues lembrou que foi uma das "pessoas que apoiou a solução do bloco central" em 1983. Agora, mais de 40 anos depois, Portugal poderá estar a caminhar para outra "situação limite".

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© Flickr/ Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata

Notícias ao Minuto
10/04/2025 09:37 ‧ há 4 semanas por Notícias ao Minuto

Política

Ferro Rodrigues

O antigo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, admitiu que o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD) possam ter de avançar para um bloco central para evitar uma nova crise.

 

Em entrevista ao programa 'Hora da Verdade', do jornal Público e Renascença, o socialista lembrou que foi uma das "pessoas que apoiou a solução do bloco central" em 1983, quando ainda não era militante do PS, "porque a situação do país era uma situação limite". Agora, mais de 40 anos depois, Portugal poderá estar a caminhar para outra situação limite.

"Estas coisas não se constroem do pé para a mão, mas não estranharia que houvesse essa necessidade. Em 1983, eu ainda não era militante do PS e fui uma das pessoas que apoiou a solução do bloco central porque a situação do país era uma situação limite. Bem, podemos caminhar para uma situação limite porque há todos os ingredientes negativos do ponto de vista internacional, muito mais graves do que nessa altura", adiantou, quando questionado se deveria haver um governo de bloco central.

Ferro Rodrigues destacou as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um dos "ingredientes negativos" e considerou que "as pessoas vão começar a perceber que os tempos a mudar e que é necessário também que os políticos aprendam alguma coisa e que tenham juízo". "Portanto, não fomentem crises desnecessárias", atirou.

Já sobre o facto de Pedro Nuno Santos poder ser o secretário que pode conduzir o PS a um governo de bloco central, Ferro Rodrigues adiantou que, "às vezes, as circunstâncias obrigam os políticos a terem de se vergar a essas circunstâncias para defenderem o interesse nacional e para o interesse da democracia e do Estado de direito".

"Pode-se chegar a uma situação limite. Não necessariamente no fim destas eleições, mas, numa próxima crise pode haver necessidade de pôr frontalmente essa questão em cima da mesa. Vamos ter a terceira eleição geral em quatro anos, o que é qualquer coisa de absurdo, estranho. É altura de as pessoas tomarem consciência de que têm de fazer os acordos onde é possível fazer, desde já, nas áreas de soberania", acrescentou.

Sublinhe-se que são 20 as forças políticas que se apresentam às próximas estas eleições legislativas, entre 18 partidos e duas coligações: PS, AD (PSD/CDS-PP), Chega, Iniciativa Liberal, BE, CDU (PCP/PEV), Livre, PAN, PPM, JPP, Ergue-te, ADN, PCTP/MRPP, Volt Portugal, Nós, Cidadãos!, Nova Direita, RIR, MPT, PTP e Partido Liberal Social.  

Nas últimas eleições legislativas, em março do ano passado, foram 19 as forças políticas a concorrer a pelo menos um círculo eleitoral.

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