(Ex-)governantes na corrida? "Governo vai criar suspeição generalizada"

O comentador Miguel Relvas falou sobre a escolha de alguns cabeças de lista para as legislativas antecipadas que se realizam em maio.

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Notícias ao Minuto
27/03/2025 10:36 ‧ 27/03/2025 por Notícias ao Minuto

Política

Miguel Relvas

O antigo ministro Miguel Relvas comentou, na quarta-feira, a escolha dos cabeças de lista do Partido Social Democrata (PSD) conhecida ontem, e na qual estão incluídos atuais governantes e ex-governantes, nomeadamente, Hernâni Dias, que se demitiu de Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território depois da polémica que envolvia a Lei dos Solos e investigação decorrente.

 

"Temos de ser coerentes. Se era imprudente a presença dele no Governo há um mês, não deixa de o ser hoje", considerou o social-democrata no seu espaço de comentário na CNN Portugal.

Sublinhando que Hernâni Dias deixou de ser secretário de Estado, Miguel Relvas reforçou: "Se deixou de ser secretário de Estado esta questão coloca-se hoje".

O antigo secretário-geral do Partido Social Democrata confessou ainda que é "daqueles que acha que hoje as listas contam muito pouco. O Parlamento não está propriamente dignificado. Os nomes mais sonantes do país não querem ser deputados. Hoje o que é que temos? Mais Governo e menos sociedade", tecendo algumas críticas à composição na Assembleia da República

'Puxando' a sua experiência, e o tempo em que estava na vida ativa política, Miguel Relvas lembrou que antes os "partidos buscavam figuras da sociedade, de vários setores da sociedade. Mais do que os membros do Governo ou mais do que as pessoas dos partidos. Era emblemático encontrar dois ou três independentes de referência. Hoje? Zero independentes. Foi mais PSD e menos sociedade", atirou.

Questionado sobre a intenção de Luís Montenegro seria uma espécie de validação própria e também dos seus ministros, Relvas questionou a eficácia dessa possibilidade. "A partir de agora, passarão a ser alvo", defendeu, dizendo que tudo os cabeças de lista que acumulam funções como governantes fizerem como "membros do Governo em gestão" acabará por levara a que sejam "comparados a candidatos a deputados."

"Tirando aqueles que estão na vida política", apontou, dando o exemplo dos ministros dos Negócios Estrangeiros ou das Infraestruturas e da Habitação, Paulo Range e Miguel Pinto Luz, respetivamente, que já eram militantes do PSD - e que "seriam candidatos" independentemente de serem ministros.

"O Governo vai criar um problema a ele próprio com as oposições e o país, que vai ser a suspeição generalizada", considerou.

Leia Também: Onze ministros vão ser cabeças de lista do PSD. Montenegro em Aveiro

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