AD à frente do PS? "A sondagem é encorajadora, mas é uma sondagem"

Luís Montenegro disse não ficar desmotivado quando as sondagens são negativas, nem "deslumbrado" quando são positivas e defendeu que tem "11 meses de trabalho governativo" para mostrar aos portugueses do que é a Aliança Democrática "é capaz".

Luis Montenegro, Portugal's prime minister, during his inauguration ceremony at Ajuda Palace in Lisbon, Portugal, on Tuesday, April 2, 2024. Montenegro called on opposition lawmakers to be open to discussions with his center-right minority government, whi

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Notícias ao Minuto
21/03/2025 19:03 ‧ 21/03/2025 por Notícias ao Minuto

Política

Legislativas

O primeiro-ministro e líder do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, reagiu, esta sexta-feira, a uma sondagem que dá a vitória à Aliança Democrática (AD) nas próximas eleições legislativas, marcadas para 18 de maio. Para o social-democrata, trata-se de uma "sondagem encorajadora", mas sublinhou que é apenas "uma sondagem".

 

"A sondagem é encorajadora, mas é uma sondagem. Ao longo da minha vida política, disse sempre uma coisa sobre sondagens: não me deprimo quando são más, nem fico deslumbrado quando são boas", começou por afirmar em declarações aos jornalistas, em Vila Real.

O ainda primeiro-ministro disse que tem agora "como obrigação" esclarecer "os portugueses e portuguesas" sobre o "propósito da candidatura" da AD e "dar argumentos para que a sua decisão - que é soberana - possa recair nessa candidatura".

"Espero que tenhamos uma caminha onde os portugueses e portuguesas possam discernir e distinguir aquilo que diferencia os candidatos e os projetos. Nós temos estes 11 meses de trabalho governativo para mostrar aos portugueses e portuguesas do que é que somos capazes e para projetarmos aquilo que ainda podemos fazer no futuro", adiantou.

Luís Montenegro defendeu que os cidadãos "já perceberam muito bem o que é que aconteceu" em relação à polémica da sua empresa familiar, a Spinumviva, e que "sabem muito bem que têm um primeiro-ministro em quem podem confiar" porque "foi uma boa governação para a vida das pessoas".

"Não vou desperdiçar nenhum segundo nem nenhuma gota de esforço para deixar de dar aos portugueses e portuguesas argumentos para confiarem neste projeto e neste primeiro-ministro", atirou.

O líder dos sociais-democratas, que se autodescreveu como o "primeiro-ministro mais escrutinado de sempre", sublinhou que os eleitores "têm todos os elementos para ponderar aquilo que é o melhor projeto e a melhor liderança política".

"É nisso que me vou concentrar e vou concentrar-me com todas as minhas forças. Estou muito motivado", atirou.

De acordo com uma sondagem do ICS/ISCTE para a SIC e Expresso, a AD, liderada por Luís Montenegro, soma 20% das intenções de voto nas eleições legislativas de 18 de maio, ao passo que o Partido Socialista se fica pelos 15%. Segue-se o Chega com 9% e a Iniciativa Liberal (IL) com 4%.

Por seu turno, a CDU, Livre e o Bloco de Esquerda (BE) reúnem, cada um, apenas 1% das intenções de voto, enquanto o PAN tem menos de 1%.

A sondagem dá ainda conta que 2% tenciona votar nulo ou em branco e que 8% se irá abster. No entanto, a liderar estão os indecisos, com 39% dos inquiridos a afirmar que ainda não sabem em quem votarão.

Sondagem coloca AD à frente do PS. Os vencedores? São os indecisos

Sondagem coloca AD à frente do PS. Os vencedores? São os indecisos

A AD soma 20% das intenções de voto nas eleições legislativas de 18 de maio, ao passo que o Partido Socialista se fica pelos 15%. No entanto, a liderar estão os indecisos, com 39% dos inquiridos a afirmar que ainda não sabem em quem votarão.

Notícias ao Minuto | 23:41 - 20/03/2025

A crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, detida à altura pelos filhos e pela mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, - e que entretanto passou apenas para os filhos de ambos - levantando dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.

Depois de mais de duas semanas de notícias - incluindo a do Expresso de que a empresa Solverde pagava uma avença mensal de 4.500 euros à Spinumviva - de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, o primeiro-ministro anunciou a 05 de março a apresentação de uma moção de confiança ao Governo.

O texto foi rejeitado com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.

Leia Também: Pedro Duarte diz que portugueses sentem que crise política é "inútil"

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