PAR presta "mau serviço à democracia". "Deve ser presidente dos partidos"

Ventura considerou que "quem violou as regras no Parlamento foi o Governo e o PAR" que, "em vez de defender imediatamente o regimento, a lei, a Constituição e a pluralidade dos partidos, optou por atacar os dois partidos que não viabilizaram a moção de confiança".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
13/03/2025 18:17 ‧ há 2 semanas por Notícias ao Minuto

Política

André Ventura

O presidente do Chega, André Ventura, condenou o presidente da Assembleia da República, José Aguiar-Branco, por ter prestado "um mau serviço à democracia, quando deve ser o presidente de todos os partidos representados no Parlamento", face às declarações que proferiu contra o Partido Socialista (PS) e contra o Chega, na reunião do Conselho Nacional do Partido Social Democrata (PSD).

 

"Queria só lamentar profundamente o que ouvi do presidente da Assembleia da República, porque acho que prestou um mau serviço à democracia, quando deve ser o presidente de todos os partidos representados no Parlamento. Optou por fazer uma defesa e um juízo que não lhe cabe a ele sobre o que se passa no Parlamento", disse, à saída do Conselho de Estado.

O parlamentar foi mais longe, tendo considerado que "quem violou as regras no Parlamento foi o Governo e o PAR" que, "em vez de defender imediatamente o regimento, a lei, a Constituição e a pluralidade dos partidos, optou por atacar os dois partidos que não viabilizaram a moção de confiança".

"Não entendo o que é que o presidente da Assembleia da República queria, porque até como representante máximo do Parlamento, devia ter sido ele a defender logo, naquele momento, que uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) não depende da vontade do primeiro-ministro, nem dos prazos do primeiro-ministro, nem dos prazos do Governo", complementou.

Ventura apontou ainda que as declarações de Aguiar-Branco "foram feitas propositadamente e colocadas cá fora com um objetivo", já que "o PAR estava a da um sermão a dois partidos". Disse, além disso, que "devia ter assumido a sua responsabilidade, porque houve uma certa cobardia política de, como estava em causa o seu partido e o Governo do partido a que pertence, não ter sido capaz de defender a Constituição e a lei".

"Pergunto se podíamos, em vez de uma CPI, ter uma comissão privada de inquérito, que é o que o Governo queria", ironizou, acusando Aguiar-Branco de "respaldar essa falta de escrutínio" pretendida pelo Executivo.

Saliente-se que, na quarta-feira, Aguiar-Branco terá feito duras críticas ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que acusou de ter feito, nos "últimos seis dias, [...] pior à democracia do que André Ventura nos últimos seis anos", durante o Conselho Nacional do PSD.

"Ontem fiz uma intervenção enquanto militante do PSD no órgão próprio e à porta fechada. Não tenho mais nada a dizer", disse o responsável, esta quinta-feira, quando confrontado com as declarações.

O PS, por seu turno, acusou hoje o presidente da Assembleia da República de fazer "afirmações graves" sobre o líder socialista e de participar num "jogo político concentrado em agarrar o poder" quando tem sido o "garante da instabilidade no Parlamento".

Leia Também: PS acusa Aguiar-Branco de ser "garante da instabilidade" no Parlamento

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