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Moção de censura? Pedro Nuno recusa dar "para o peditório" do Chega

 O líder do PS, Pedro Nuno Santos, recusou hoje dar "para o peditório" do Chega, que ameaçou com uma moção de censura ao Governo, por considerar que tem como único objetivo "desviar as atenções dos seus problemas internos".

Moção de censura? Pedro Nuno recusa dar "para o peditório" do Chega

© Lusa

Lusa
17/02/2025 11:17 ‧ há 6 meses por Lusa

Política

PS

À margem de uma visita a um conjunto habitacional em Almada, cuja primeira pedra tinha lançado como ministro da Habitação em 2019, Pedro Nuno Santos foi questionado sobre o anúncio feito na véspera pelo líder do Chega de que avançará com uma moção de censura se o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não der explicações em 24 horas quanto ao caso da empresa de compra e venda de imóveis que é propriedade da mulher e dos filhos.

 

"Eu não dou para o peditório de iniciativas do partido de extrema-direita que têm como único objetivo desviar as atenções dos seus problemas internos. Agora isso não quer dizer que nós não continuemos à espera das explicações", criticou.

O líder do PS começou por referir que, no sábado, ele próprio já tinha pedido explicações até se mostrou convicto que "há boas explicações para todos os casos".

"Por isso mesmo é importante que elas sejam dadas porque, sem explicações, as críticas e as suspeitas adensam-se desnecessariamente. Um primeiro-ministro, como qualquer político, tem a obrigação de prestar esclarecimentos quando há dúvidas. Esses esclarecimentos devem ser dados", insistiu.

Perante a insistência dos jornalistas quanto a um eventual sentido de voto, caso o Chega efetivamente avance com a moção de censura, Pedro Nuno Santos, que disse compreender que as perguntas têm que ser feitas, reiterou que não vai "dar para o peditório da iniciativa do Chega".

"O Chega tem como único objetivo, e qualquer um consegue perceber, desviar as atenções dos seus problemas internos. Eu não vou contribuir para o debate sobre a iniciativa do Chega", insistiu.

O líder do PS voltou ainda a criticar o facto de Luís Montenegro não dar respostas aos jornalistas desde o dia 20 de janeiro, com a exceção de 03 de fevereiro, quando não falou "sobre problemas nacionais" e apenas da candidatura presidencial que apoia.

"Eu não acho normal que um primeiro-ministro esteja quase há um mês sem se colocar perante jornalistas e responder a perguntas. O senhor primeiro-ministro fez uma remodelação. Qualquer primeiro-ministro dá explicações sobre a remodelação que faz", condenou.

Após a substituição de membros do Governo em seis ministérios diferentes, Pedro Nuno Santos não acha normal que não haja explicações.

No sábado, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, classificou como "absurda e injustificada" a sugestão que poderá existir um conflito de interesses pela possibilidade de a empresa imobiliária da sua família poder beneficiar da recente revisão da lei dos solos aprovada recentemente pelo Governo.

Segundo a notícia do Correio da Manhã de sábado, a mulher e os dois filhos do primeiro-ministro têm uma empresa de compra e venda de imóveis, de que Luís Montenegro foi fundador e gerente e uma vez que casou com comunhão de adquiridos, segundo o jornal, o primeiro-ministro poderia beneficiar dos proveitos, algo negado por Luís Montenegro.

Leia Também: Que se passa com imobiliária? Partidos exigem "explicações" a Montenegro

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