No passado dia 03 de dezembro, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) anunciou a inserção da Arte Equestre Portuguesa na lista do Património Imaterial da Humanidade.
"A Arte Equestre Portuguesa é um elemento muito relevante da tradição cultural do nosso país. Nela, expressam-se as vivências do mundo rural português, a interação entre a paisagem natural e o engenho humano, as linhas de contacto entre a funcionalidade e a arte", realçou José Pedro Aguiar-Branco, considerando que este reconhecimento da UNESCO é "uma vitória inequívoca para o país e para a sua cultura".
O presidente do parlamento destaca ainda o contributo significativo que tal terá para a "preservação, ensino e projeção internacional" desta arte, congratulando todos os participantes e apreciadores e, em particular, a Associação Portuguesa de Criadores do Puro-Sangue Lusitano, a Parques de Sintra e o município da Golegã, "entidades cuja sinergia permitiu levar a bom termo esta candidatura".
A Assembleia da República aprovou ainda, por unanimidade, um outro voto apresentado por Aguiar-Branco de saudação pelos 510 anos da Carta de Foral de Terras de Bouro.
"O documento, emitido pelo Rei D. Manuel I, formalizou a criação deste concelho minhoto, que, desde então, tem gozado de prerrogativas de autonomia local. A efeméride foi assinalada no passado dia 20 de outubro, num dia de comemoração municipal, na qual participou o Presidente da Assembleia da República", recorda o voto.
Situado no coração do Minho, na fronteira entre os distritos de Braga e Viana do Castelo, o concelho de Terras de Bouro "é também um importante ponto de contacto geográfico e cultural entre Portugal e a Galiza".
"A Assembleia da República saúda as autoridades municipais de Terras de Bouro, assim como todos os cidadãos terra-bourenses, pela ocorrência deste aniversário. Felicita ainda a decisão de comemorar a data, na certeza de que a evocação do passado constitui um modo eficaz de preservação da identidade cultural e da memória cívica. A recordação do passado é imprescindível para a construção de um bom futuro", destaca-se na parte resolutiva do voto.
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