O Juntos Pelo Povo (JPP) vai votar a favor da moção de censura apresentada pelo Chega/Madeira ao Governo Regional, avança a SIC Notícias, citando fonte oficial do partido.
A decisão, de acordo com o canal de informação, foi tomada esta quarta-feira à noite, por unanimidade, pelos órgãos do partido.
O JPP junta-se, assim, aos votos favoráveis por parte do PS e do Chega e, caso se confirme a decisão, fará cair o Governo de Miguel Albuquerque.
Numa nota a que o Notícias ao Minuto teve acesso, o partido refere que vai reunir brevemente a comissão política para dar conta desta "decisão das bases do partido" e "só depois dessa reunião o JPP dará a conhecer publicamente a posição final".
"O encontro com as bases do partido foi convocado pelo secretário-geral para auscultar os militantes, recolher opiniões sobre o momento político regional e a crise que, entretanto, se instalou, de novo, no governo minoritário PSD, a partir do momento da apresentação pelo Chega de uma moção de censura", lê-se na nota.
Citado no comunicado, o secretário-geral do JPP, Élvio Sousa, afirma que o partido responsável pela moção de censura "é o principal fiador do PSD, sustentou a viabilização do Orçamento e do Programa do Governo, ajudou a eleger o presidente da Assembleia e é esse mesmo partido que agora retira a confiança ao PSD e a Miguel Albuquerque".
De acordo com a nota, o dirigente alertou os militantes e os membros dos órgãos do partido para o facto de, "ao contrário daquilo que estão a tentar passar, foi o PSD e o Chega que iniciaram esta crise, esta instabilidade, esta situação de perda de confiança".
"A crise começou dentro do PSD e não no JPP, não pagamos pecados alheios", disse.
O parlamento da Madeira deliberou hoje, por unanimidade, votar em plenário na quinta-feira a decisão da conferência dos representantes dos partidos de agendar a moção de censura ao executivo PSD para 17 de dezembro, após o Orçamento para 2025.
O líder da bancada do JPP, Élvio Sousa, também secretário-geral do partido, alegou que persistem dúvidas relativamente à legalidade do adiamento da votação da moção de censura ao governo minoritário do PSD, apresentada na semana passada pelo Chega, uma vez que o regimento aponta que teria de ser votada até 18 de novembro.
Miguel Albuquerque foi constituído arguido no final de janeiro num inquérito que investiga suspeitas de corrupção, abuso de poder e prevaricação, entre outros.
[Notícia atualizada às 22h36]
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