"Tenho notado e registado no diálogo que temos tido - presidente da Câmara de Loures e Governo - um foco em resolver os problemas concretos da vida das pessoas", afirmou António Leitão Amaro na conferência de imprensa no final da reunião do Conselho de Ministros.
O ministro da Presidência disse que o Governo e a autarquia partilham esse foco de "procurar trabalhar no reforço e na melhoria da qualidade de vida, e da vida concreta, das pessoas" ao nível da habitação, integração, segurança e no acesso a educação e saúde.
Leitão Amaro indicou que, em reuniões com o Governo, o socialista Ricardo Leão "teve uma abordagem num conjunto de casos fazendo referência à utilização de certas figuras contratuais publicas, entre o Estado e os municípios, diferentes, utilizadas no passado, como contratos locais de segurança, mediadores nos bairros".
O ministro acrescentou que o presidente da Câmara Municipal de Loures, sempre "transmitiu uma preocupação com a efetiva existência de condições de segurança e de uma atuação policial de proximidade, respeitadora dos direitos humanos, mas numa lógica de proximidade".
"A ideia de policiamento de proximidade e de presença policial e de uma relação sã, saudável, respeitadora dos direitos humanos, mas pronta e disponível, é algo que está alinhado com a visão que temos transmitido", defendeu o governante.
"Temos de melhorar a vida concreta das pessoas. Tudo o que são polémicas, eu percebo a curiosidade, [mas] este não é o sítio", defendeu, recusando "entrar num debate político local a propósito de escolhas que não são escolhas do Governo".
O dirigente socialista e presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão, defendeu, numa reunião pública, o despejo de inquilinos em habitações municipais que tenham participado nos distúrbios após a morte do cabo-verdiano Odair Moniz, baleado por um agente da PSP. PS e PSD aprovaram uma recomendação do Chega nesse sentido.
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