Livre quer na AR ministro Pedro Duarte, RTP e Sindicato dos Jornalistas

O Livre requereu hoje a audição urgente do ministro dos Assuntos Parlamentares, do conselho de administração e da comissão de trabalhadores da RTP e do Sindicato dos Jornalistas sobre o pacote do Governo para o setor.

PORTO, PORTUGAL - 2024/01/27: Founder and deputy of the Livre party, Rui Tavares speaks to the press during the 13th party congress in the Auditorium of the Almeida Garrett Library at Palácio de Cristal, as part of the preparation and discussion of ideas

© Getty Images

Lusa
09/10/2024 14:18 ‧ 09/10/2024 por Lusa

Política

Media

A bancada parlamentar do Livre quer ainda ouvir na Assembleia da República o Conselho Geral Independente da RTP e o Conselho de Opinião da RTP sobre o Plano de Ação para a Comunicação Social apresentado pelo Governo na terça-feira.

 

PS, BE e PCP também já pediram a audição do ministro dos Assuntos Parlamentares, de várias entidades da RTP e do sindicato dos jornalistas. O Chega também quer ouvir o ministro que tutela o setor. 

O fim da publicidade da RTP, que será um processo gradual e que terá um impacto na redução anual da receita nos próximos três anos de 6,6 milhões de euros, é uma das 30 medidas deste plano.

"Tal medida levanta sérias dúvidas a todo o setor sobre os reais objetivos do Governo para o Serviço Público de Rádio e Televisão. Nicolau Santos, Presidente do Conselho de Administração da RTP, veio a público informar que a perda de publicidade pela RTP vai, necessariamente, retirar-lhe relevância. Também o Conselho de Opinião da RTP se pronunciou contra a retirada de publicidade", lê-se no texto.

Os deputados do Livre salientam que as medidas do Governo não se cingem apenas à RTP, mas também "a apoios para a contratação de jornalistas, à revisão da Lei da Imprensa, a um novo Contrato de Concessão de Serviço Público (RTP), a um novo modelo de governação para a Lusa, a descontos nas assinaturas de jornais", entre outras.

A bancada considera "urgente contribuir para o combate à crise no setor do jornalismo e da comunicação social" e defende que o assunto "é de tal forma sensível que necessita de um amplo consenso da sociedade civil, participado, transparente e sob escrutínio da Assembleia da República".

O Governo apresentou na terça-feira o seu Plano de Ação para a Comunicação Social, composto por 30 medidas, divididas em quatro eixos -- Regulação do Setor, Serviço Público Concessionado, Incentivos ao Setor, Combate à Desinformação e Literacia Mediática.

Entre estas medidas está o fim da publicidade na RTP e um programa de saídas voluntárias, que poderá abranger um máximo de 250 pessoas, sendo que será contratado uma nova pessoa por cada duas que saírem.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou na terça-feira que pretende em Portugal um jornalismo livre, sem intromissão de poderes, sustentável do ponto de vista financeiro, mas mais tranquilo, menos ofegante, com garantias de qualidade e sem perguntas sopradas.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, já veio esclarecer que estas afirmações devem ser interpretadas "no sentido positivo" da valorização destes profissionais e insistiu hoje que o primeiro-ministro quis alertar para a necessidade de o jornalismo ser valorizado, enquanto pilar da democracia, com as devidas qualificações, meios e condições.

Leia Também: Governo da Madeira apoia medida para eliminar publicidade na RTP

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas