"Equilíbrio orçamental não é dado adquirido". PS sublinha "preocupação"

O Partido Socialista criticou a aparente "incapacidade" do Executivo para negociar com Bruxelas, depois do pedido de adiamento da entrega do plano de médio orçamental de médio prazo.

secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes,

© Carlos Pimentel/Global Imagens

Notícias ao Minuto
19/09/2024 16:00 ‧ 19/09/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Partido Socialista

O deputado socialista António Mendonça Mendes falou, esta quinta-feira, sobre o Conselho de Finanças Públicas.

 

"O equilíbrio orçamental não é um dado adquirido. É algo que custou muito aos portugueses, às famílias, às empresas, e este Governo está a dar mostras e sinais de que não tem capacidade de garantir o equilíbrio orçamental e que pode mesmo levar o país a uma situação de défice orçamental, que penso que todos os portugueses não desejam e têm razões para ter essa preocupação", afirmou, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

"Hoje, a confirmação de que o caminho de que o Governo está a tomar pode levar a défices orçamentais, é ainda redobrada a preocupação com o facto de o Governo ter adiado a entrega do plano orçamental de médio prazo e com isso não sabermos qual é o nível de comprometimento de despesa que, aparentemente, o Governo não consegue negociar com a Comissão Europeia", acrescentou o antigo dos Assuntos Fiscais e adjunto de António Costa.

O socialista foi ainda questionado sobre o alerta dado pelo Conselho de Finanças Públicas, que hoje alertou que o IRS Jovem podia levar a défice em 2026. "O Governo tem de ter a capacidade de garantir o equilíbrio orçamental [...]. Penso que há uma parte da opinião pública que já percebeu que essa é uma medida que é ineficaz, que é errada, socialmente injusta e que não cumpre aquilo que é o seu objetivo. Mas quero aqui sublinhar que o Governo é o primeiro a ter responsabilidade de garantir o equilíbrio orçamental", considerou, referindo que espera que o Executivo "tenha feito bem as contas", no âmbito do excedente que diz que pode vir a acontecer.

"Tenho uma grande preocupação com o adiamento que assistimos hoje, confirmado pelo Governo, do plano orçamental de médio prazo", reforçou, dizendo que este plano deveria ser mais escrutinado do que está a ser. "O Governo não teve nenhuma cordialidade com os partidos com quem diz que quer negociar o Orçamento, sobre qual a trajetória da despesa que está a negociar com Bruxelas, e hoje o que sabemos é que não conseguiu no tempo que era suposto, até 20 de setembro, negociar essa mesma trajetória da dívida. Esse é um instrumento que nos vai comprometer o futuro de médio", garantiu, dizendo que seria muito importante quais os compromissos que não consegue negociar com a Comissão Europeia.

Leia Também: CFP alerta que IRS Jovem pode levar a défice em 2026

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