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"Tirem a bandeira portuguesa do navio que arma o genocídio!"

Declarações da líder do BE, depois do ministro dos Negócios Estrangeiros ter admitido que metade do material transportado pela embarcação impedida de entrar nos portos de Namíbia tinha como destino Israel.

"Tirem a bandeira portuguesa do navio que arma o genocídio!"
Notícias ao Minuto

09:54 - 19/09/24 por Notícias ao Minuto

Política Mariana Mortágua

A Coordenadora Nacional do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, já reagiu às declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, numa entrevista dada ao Público e à Renascença, onde admitiu que o navio de bandeira portuguesa impedido de entrar nos portos de Namíbia afinal tinha material para Israel, ao contrário do que tinha afirmado em agosto.

 

"Denunciamos. Governo negou. Agora confirma-se: navio com bandeira portuguesa leva armamento para Israel. Tirem a   do navio que arma o genocídio!", exigiu a deputada bloquista, esta quinta-feira, na rede social X.

Recorde-se que as primeiras declarações de Rangel - que foram agora corrigidas - surgem após o Bloco de Esquerda (BE) ter questionado o Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre um navio com bandeira portuguesa que foi impedido de entrar nos portos da Namíbia por transportar armas destinadas às forças militares israelitas.

Segundo o BE, o cargueiro Kathrin está registado no Registo Internacional de navios da Madeira, o que, frisa o partido, "coloca Portugal na situação de cúmplice das atrocidades e crimes levados a cabo por Israel".

O governo namibiano indicou que o cargueiro em questão transporta oito contentores de explosivos Hexogen/RDX e 60 contentores de TNT com destino a Israel, que deverão ser descarregados em Koper, na Eslovénia.

O grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre se já ordenou a retirada da bandeira ao navio em questão ou se vai proibir qualquer navio com pavilhão português de se envolver no transporte de equipamentos militares para Israel.

Leia Também: Afinal, navio polémico transportava mesmo "material" para Israel

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