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"Este não é momento de fazer críticas ao Governo. É um momento de união"

Pedro Nuno Santos afirmou que o Partido Socialista (PS) tem "muitas perguntas para fazer" ao Governo, mas frisou a necessidade de "união" neste momento.

"Este não é momento de fazer críticas ao Governo. É um momento de união"

O líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, afirmou, esta quarta-feira, que "este não é um momento para fazer críticas ao Governo" sobre o combate aos incêndios rurais, mas sim "um momento de união", e disponibilizou o partido "para as alterações legislativas e políticas que vierem a ser necessárias"

 

"Temos acompanhado com muita atenção e preocupação os acontecimentos recentes em Portugal", começou por referir em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, manifestando as "sentidas condolências e solidariedade aos familiares das vítimas".

"Solidariedade também para com os bombeiros que, de forma corajosa e incansável, têm travado combates diários para proteger as nossas populações e os seus bens. Nos últimos dias, temos assistido também a populações, em vários pontos do país, a combater os fogos", enalteceu Pedro Nuno Santos, que deixou ainda uma palavra aos autarcas dos municípios afetados, "que têm feito tudo o que está ao seu alcance para proteger as duas populações".

O socialista frisou que "este não é o momento de fazer críticas ao Governo", mas sim "um momento de união e unidade".

"Temos de estar todos concentrados no combate aos fogos e no apoio às populações. Aproveito para disponibilizar o Partido Socialista para ajudar o Governo no que for necessário e disponibilizar o PS para as alterações legislativas e políticas que vierem a ser necessárias. É preciso um consenso alargado e o PS está disponível para esse consenso", destacou.

E atirou: "Nós não vamos fazer o que o PSD fez em 2017. Este não é o momento para estarmos a fazer crítica ao Governo. Esse momento chegará. Nós temos muitas perguntas para fazer, mas essa não é neste momento a nossa preocupação".

Sublinhe-se que cinco pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Coimbra, Vila Real e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas. Anteriormente, as autoridades davam conta de sete vítimas mortais, mas esta quarta-feira a Proteção Civil explicou que não são contabilizados dois civis que morreram de doença súbita. 

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam 47.376 hectares.

O Governo já declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias.

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