Alerta emitido no tempo certo? "É relevante saber quando o IPMA informou"
José Luís Carneiro defende que após a extinção dos incêndios se deve analisar se os alertas e pedidos de ajuda europeus foram ativados na altura devida.
© Mário Vasa / Global Imagens
Política Incêndios
O ex-ministro da Administração Interna José Luís Carneiro afirmou que só se pode avaliar se o estado de alerta e a mobilização dos meios de proteção civil europeus foram ativados no tempo certo quando se souber em que altura o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgou as informações sobre as condições climatéricas. Uma análise que deve ser feita apenas quando os incêndios estiverem extintos.
"É muito relevante saber quando é que o IPMA informou sobre as condições climatéricas. Só assim poderemos saber se a ativação do estado de alerta foi oportuno ou não e se a mobilização dos meios da proteção civil europeus foi também feita em tempo oportuno, mas como disse o primeiro-ministro, são matérias que devem ficar para após a conclusão e extinção desta ameaça para as populações", explicou José Luís Carneiro no seu espaço de comentário na CNN Portugal.
Para já, segundo o ex-ministro, o mais importante é extinguir os incêndios e, portanto, considera também que a decisão de alargar o estado de alerta "foi acertada".
"Quando olhei para os dados e previsões do IPMA tive a firme convicção de que ia ser necessário alargar o estado de alerta, que determina proibições, nomeadamente no acesso e uso da floresta. Evitar o uso do fogo, evitar queimadas e as limpezas porque o que estamos a viver não é apenas resultado de fogo posto. Também temos de ter consciência de que a negligência continua a ser uma das principais causas dos incêndios", afirmou o ex-ministro.
Depois de extintos os incêndios, a maior prioridade será garantir o rescaldo.
"Terá sido no seguimento do rescaldo que houve reacendimentos, nomeadamente na região centro . É com os reacendimentos que se apanham as comunidades desprevenidas e ocorrem os efeitos mais graves dos incêndios", acrescentou.
Sublinhe-se que pelo menos quatro pessoas morreram e duas outras ficaram feridas com gravidade nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Centro e Norte do país, destruindo mais de 20 habitações e outras estruturas. Há, nesta altura, 27 fogos ativos.
O Governo alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas.
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